Introdução: a monitorização hemodinâmica refere-se à monitorização invasiva do sistema arterial e venoso, que é utilizada para medir a pressão intracardíaca, intrapulmonar, intravascular e também determinar a eficácia do tratamento. Apesar do rápido desenvolvimento de métodos de monitorização não invasivos, a monitorização hemodinâmica invasiva é de grande relevância em unidades de terapia intensiva. A avaliação de pacientes críticos é feita por meio de monitoramento cardíaco, registros de monitoração hemodinâmica e análises laboratoriais, diferentemente de outros pacientes em sua avaliação. No entanto, os dados de monitorização não têm sentido se não forem complementados com resultados físicos e análise crítica por parte da equipe multiprofissional. O enfermeiro que atua no cenário da UTI, deve prestar uma assistência mais rigorosa e minuciosa relacionado aos cuidados prestados aos pacientes, como a administração de medicamentos, cuidados gerais de higiene e alimentação e a monitorização constante, para que através de dados obtidos por meio da monitorização hemodinâmica seja prestada uma assistência de enfermagem segura e com olhar preventivo de futuras complicações. Método: para este estudo, foi realizada uma revisão integrativa da literatura de caráter descritivo-exploratório, visando uma síntese abrangente que possibilite uma compreensão aprofundada do fenômeno em questão. Isso permite compilar informações sobre um tema que será crucial para futuras práticas de cuidado em saúde, fundamentadas em pesquisa sólida. Resultado e discussão: com o passar do tempo, a assistência de enfermagem oferecida aos pacientes tem se tornado mais complexa. Isso leva a enfermagem a buscar cada vez mais capacitação em conhecimentos científicos, visando proporcionar um atendimento eficaz baseado em evidências, ao invés de se apoiar apenas na experiência empírica de anos anteriores. De acordo com a resolução 390/11 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a punção arterial para monitorização da pressão arterial e para fins de gasometria arterial pelo método invasivo, normatizando assim, como atividade privativa do enfermeiro, embasado nos princípios da Ética e da legislação, devendo este possuir conhecimentos e habilidades, porém, deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico- científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização. A enfermagem tem como objetivo principal o cuidado do ser humano, que deve ser realizado com qualidade e segurança. É fundamental que os enfermeiros que trabalham na UTI possuam conhecimentos que abrangem desde a administração e efeitos dos medicamentos até o funcionamento dos equipamentos e as atividades rotineiras do setor. Na UTI, os pacientes críticos recebem diversos tipos de cuidados, que vão desde os mais simples, como a higiene e administração de medicamentos, até os mais específicos, como a monitorização hemodinâmica invasiva. As ações realizadas pelo enfermeiro com base nos dados da monitorização hemodinâmica requerem vigilância constante para que possam ser interpretadas a tempo de intervir e evitar possíveis complicações que afetem o prognóstico do paciente. O enfermeiro que trabalha em uma unidade de terapia intensiva, onde a monitorização hemodinâmica é rotina, deve estar sempre atento à atualização de seus conhecimentos por meio de educação continuada, visando um entendimento mais profundo e a familiarização com novas tecnologias disponíveis no mercado. Além de monitorar os dados hemodinâmicos, o enfermeiro deve também prestar atenção aos procedimentos necessários para minimizar o risco de infecção, seguindo cuidados recomendados como higienização das mãos, uso de luvas estéreis, limpeza do local de inserção do cateter, proteção das conexões do cateter, troca de curativos e verificação das necessidades de manutenção do cateter. No tocante a assistência de enfermagem, destacou-se como cuidado necessário antes e pós-intervenção, de modo substancial, a coleta e monitorização de exames sobre tempo de coagulação e a necessidade de manter irrigação contínua na linha arterial, na qual esteja a inserção do cateter para monitorização invasiva, além da identificação segura das amostras e do próprio paciente. Esses cuidados já foram descritos como sendo críticos e imprescindíveis no cuidado desse paciente, para manter o sistema funcionante com segurança. Conclusão: através da monitorização hemodinâmica, juntamente com a sistematização da assistência de enfermagem, é possível identificar e intervir de forma eficiente, diminuindo possíveis desconfortos para o paciente e garantindo uma assistência de enfermagem eficaz. Isso é alcançado por meio de um plano de cuidados individualizado que aborda as necessidades totais do paciente. A equipe de enfermagem é a principal responsável pelos cuidados na UTI para pacientes sob monitorização hemodinâmica invasiva. Por isso, é essencial organizar os cuidados prioritários e refletir sobre esse tema para melhorar a assistência, justificando assim a necessidade de discussão sobre o assunto. Além disso, o estudo é relevante por fornecer uma base teórica e incentivar a comunidade científica a desenvolver artigos, reforçando a posição da enfermagem na assistência a esses pacientes e aprimorando sua qualidade.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do I Congresso Interdisciplinar em Práticas de Enfermagem, um espaço dedicado à troca de saberes, experiências e construção coletiva de conhecimento entre profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores da área da saúde, com ênfase especial na Enfermagem.
Este congresso surge da iniciativa das Ligas Acadêmicas do curso de Enfermagem, com o apoio institucional do Centro Universitário de Patos (UNIFIP) e a colaboração de docentes engajados com o fortalecimento da prática interdisciplinar e da formação crítica e humanizada dos futuros profissionais da área da saúde. Com o tema central "Práticas de Enfermagem: Saberes e Experiências que Transformam", o evento propôs um diálogo aberto sobre os desafios contemporâneos do cuidado, da educação em saúde e das políticas públicas que impactam o exercício da Enfermagem.
A publicação destes Anais representa não apenas o registro das atividades desenvolvidas, mas também a valorização da produção acadêmica e do protagonismo estudantil. Cada trabalho aqui apresentado reflete o compromisso com a ciência, com a prática qualificada e com a construção de uma Enfermagem que atua de forma crítica, técnica e ética, promovendo o cuidado centrado nas pessoas e nas comunidades.
Agradecemos a todos e todas que contribuíram para a realização deste evento e esperamos que estas páginas inspirem novas reflexões, estudos e práticas transformadoras no campo da Enfermagem e da saúde.
Denisy Dantas Melquiades Azevedo (PRESIDENTA)
Fernanda da Silva Guedes
Gabriel Leitão de Almeida Araújo
COMISSÃO ORGANIZADORA
Anny Gabrielly Brilhante Martins
Artur Amorim de Medeiros
Ayane Aiara Lauriano de Caldas
Bárbara Dalila dos Santos Teixeira
Brenna Kalyne da Conceição Ferreira
Emmilly da Silva Ferreira
Flávia Maria Medeiros de Azevedo
Gisélly Emanoely Lócio de Sousa
Heloiza Remígio Nascimento
Iza Maria Araújo Lira
Izabel Nina Tavares Bisneta
Jade Costa de Freitas
Jennifer Lorrany Pereira Barbosa
João Batista de Araújo Neto
João Pedro de Sousa Andrade
Júlia Mateus Lima Araujo
Kalyne Dantas Valéria
Kaylane Náthali Medeiros de Oliveira
Luís Pereira de Sousa Filho
Marcelo Alves Martins
Maria Fernanda Gomes dos Santos
Maria Gabriela Cordeiro Pinto Costa
Maria Vitória Vieira Soares
Nicoly Dantas Peronico Ferreira
Rany Ellen Torres de Medeiros
Raylla Duarte Arruda
Rebeca Elza Filgueira Galvão Clemente
Vitória Rodrigues Alves