A gestação é um processo natural que provoca mudanças emocionais e físicas na mulher, mas pode resultar em complicações, especialmente quando associada ao uso de substâncias psicoativas, que são desaconselhadas devido aos riscos à saúde da mãe e do feto. O uso de cocaína e crack durante a gravidez está vinculado a sérios problemas, como aborto espontâneo e malformações congênitas. O acompanhamento de gestantes usuárias dessas substâncias é complexo e requer profissionais de saúde especializados. O acesso a redes de cuidados adequadas é crucial para atender às necessidades dessas mulheres, melhorando a eficiência do sistema de saúde e a satisfação dos pacientes. Esta pesquisa, uma revisão integrativa da literatura, foca nos efeitos da exposição à cocaína e crack durante a gestação. A investigação, realizada em setembro de 2024, utilizou o Google Acadêmico para encontrar artigos publicados entre 2018 e 2024. A pergunta central foi: “Quais são os principais efeitos a curto prazo no recém-nascido exposto à cocaína e crack durante a gestação e a importância da enfermagem nesse processo?” Os descritores incluíram Assistência de Enfermagem, Gestantes, Cocaína e Crack. Foram selecionados 19 artigos, dos quais 6 foram incluídos na revisão. O uso de crack e cocaína por gestantes apresenta riscos significativos à saúde da mãe e do feto, principalmente entre aquelas em situações de vulnerabilidade social e econômica, que frequentemente têm acesso limitado ao pré-natal. Isso eleva os riscos de complicações, como malformações congênitas, aborto espontâneo e morte fetal. Bebês nascidos de mães usuárias de crack são mais propensos a apresentar baixo peso e problemas neurológicos, necessitando de acompanhamento rigoroso. O enfermeiro desempenha um papel fundamental nesse contexto, realizando acolhimento inicial e conduzindo o pré-natal em colaboração com a equipe de saúde. É essencial que os profissionais conheçam os efeitos das drogas e ofereçam tratamento adequado, visto que gestantes dependentes tendem a ter menor adesão ao pré-natal e requerem cuidados adicionais no pós-parto. A revisão enfatiza a necessidade de mais estudos para aprimorar a prática dos enfermeiros na assistência a gestantes que consomem drogas psicoativas. Destaca também a escassez de pesquisas sobre o sistema de cuidados para essa população, cuja implementação é dificultada por barreiras no acesso. O enfermeiro deve adotar práticas seguras, éticas e inclusivas, utilizando estratégias de redução de danos para assegurar o acesso à saúde. Recomenda-se a realização de mais pesquisas focadas nas redes de cuidados para essa população, visando aprimorar a assistência prestada.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do I Congresso Interdisciplinar em Práticas de Enfermagem, um espaço dedicado à troca de saberes, experiências e construção coletiva de conhecimento entre profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores da área da saúde, com ênfase especial na Enfermagem.
Este congresso surge da iniciativa das Ligas Acadêmicas do curso de Enfermagem, com o apoio institucional do Centro Universitário de Patos (UNIFIP) e a colaboração de docentes engajados com o fortalecimento da prática interdisciplinar e da formação crítica e humanizada dos futuros profissionais da área da saúde. Com o tema central "Práticas de Enfermagem: Saberes e Experiências que Transformam", o evento propôs um diálogo aberto sobre os desafios contemporâneos do cuidado, da educação em saúde e das políticas públicas que impactam o exercício da Enfermagem.
A publicação destes Anais representa não apenas o registro das atividades desenvolvidas, mas também a valorização da produção acadêmica e do protagonismo estudantil. Cada trabalho aqui apresentado reflete o compromisso com a ciência, com a prática qualificada e com a construção de uma Enfermagem que atua de forma crítica, técnica e ética, promovendo o cuidado centrado nas pessoas e nas comunidades.
Agradecemos a todos e todas que contribuíram para a realização deste evento e esperamos que estas páginas inspirem novas reflexões, estudos e práticas transformadoras no campo da Enfermagem e da saúde.
Denisy Dantas Melquiades Azevedo (PRESIDENTA)
Fernanda da Silva Guedes
Gabriel Leitão de Almeida Araújo
COMISSÃO ORGANIZADORA
Anny Gabrielly Brilhante Martins
Artur Amorim de Medeiros
Ayane Aiara Lauriano de Caldas
Bárbara Dalila dos Santos Teixeira
Brenna Kalyne da Conceição Ferreira
Emmilly da Silva Ferreira
Flávia Maria Medeiros de Azevedo
Gisélly Emanoely Lócio de Sousa
Heloiza Remígio Nascimento
Iza Maria Araújo Lira
Izabel Nina Tavares Bisneta
Jade Costa de Freitas
Jennifer Lorrany Pereira Barbosa
João Batista de Araújo Neto
João Pedro de Sousa Andrade
Júlia Mateus Lima Araujo
Kalyne Dantas Valéria
Kaylane Náthali Medeiros de Oliveira
Luís Pereira de Sousa Filho
Marcelo Alves Martins
Maria Fernanda Gomes dos Santos
Maria Gabriela Cordeiro Pinto Costa
Maria Vitória Vieira Soares
Nicoly Dantas Peronico Ferreira
Rany Ellen Torres de Medeiros
Raylla Duarte Arruda
Rebeca Elza Filgueira Galvão Clemente
Vitória Rodrigues Alves