PROTAGONISMO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE NORADRENALINA EM CATETERES VENOSOS PERIFÉRICOS

  • Autor
  • Fernanda da Silva Guedes
  • Co-autores
  • Gisélly Emanoely Lócio de Sousa , Gabriel Leitão de Almeida Araújo
  • Resumo
  • 1. INTRODUÇÃO

    As esferas de cuidados com a saúde, configuram um sistema amplo com uma teia assistencial complexa onde asUnidades de Terapia Intensiva (UTI) atuam como o setor hospitalar de maior complexidade tanto no âmbito dos cuidados, quanto na esfera tecnológica, onde existem aparelhos sofisticados que oferecem uma monitorização contínua dos parâmetros dos pacientes no setor. Toda essa complexidade, resulta em uma unidade que dispõe de uma diversidade profissional especializada na área, cujo objetivo é manter a saúde do paciente estável num tempo hábil e de forma adequada (Silva et al., 2019). 

    O paciente de UTI caracteriza-se por apresentar umestado de saúde instável e/ou grave, com falhas e comprometimento de um ou mais sistemas,  necessitando  de  cuidados especializados e vigilância contínua, além de muitas vezes, da substituição artificial das funções orgânicas, pelosuporte da farmacologia ou da tecnologia (Silva et al., 2019; Melo et al., 2016).

    Dentre essas drogas surge a noradrenalina que se caracteriza por ser um fármaco da classe das catecolaminas. Essa droga é o precursor natural da adrenalina, sendo conhecida também como norepinefrina, foi descoberta aproximadamente na década de 1960. É comumente utilizadapara corrigir distúrbios sistêmicos no estado de choque,  visando  fornecer  suporte  hemodinâmico  e  restaurar  a perfusão  dos  tecidos.  A noradrenalina é administrada exclusivamente por via intravenosa e está disponível em ampolas de 4 ml/4 mg. (BallieuBesharatian;  Ansari,  2021)

    Essa droga age principalmente nos receptores alfa 1, além de também influenciar nos receptores beta 1, exercendo um forte efeito vasopressor.  Em doses reduzidas, causa aumento dos níveis pressóricos, do trabalho do ventrículo esquerdo, do índice cardíaco e do débito urinário. Por outro lado, em dosesacima de 2 mg/min, observa-se um aumento na vasoconstrição periférica, resultando em maior resistência vascular sistêmica e diminuição da perfusão em órgãos como rins, trato esplâncnico, pulmões e músculos esqueléticos (Cape et al., 2022Lewis et al., 2019; Messina et al., 2021).

    A noradrenalina tem sido infundida nos pacientes de Unidades de Terapia Intensiva através de um cateter venoso central (CVC) devido a preocupações sobre o risco de lesão tecidual isquêmica se ocorrer extravasamento de um cateter intravenoso periférico. Contudo, estudos recentes sugerem quea administração periférica dessa droga pode ser segura (Yerkeet al., 2024Powell et al., 2023; Padrone et al., 2018; Lewis et al., 2019).

    Dessa forma, a área da enfermagem entra como uma ferramenta essencial nos cuidados com a administração dessa droga, de modo a reconhecer suas propriedades farmacológicas e características de infusão, de modo a minimizar qualquer possível dano ao paciente decorrente de sua internação. A partir disso, esse estudo busca demonstrar o protagonismo da enfermagem na administração de Noradrenalina em Acessos Venosos Periféricos.

  • Palavras-chave
  • Noradrenalina; Unidades de Terapia Intensiva; Catéter Venoso Periférico
  • Área Temática
  • Pacientes em cuidados críticos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do I Congresso Interdisciplinar em Práticas de Enfermagem, um espaço dedicado à troca de saberes, experiências e construção coletiva de conhecimento entre profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores da área da saúde, com ênfase especial na Enfermagem.

Este congresso surge da iniciativa das Ligas Acadêmicas do curso de Enfermagem, com o apoio institucional do Centro Universitário de Patos (UNIFIP) e a colaboração de docentes engajados com o fortalecimento da prática interdisciplinar e da formação crítica e humanizada dos futuros profissionais da área da saúde. Com o tema central "Práticas de Enfermagem: Saberes e Experiências que Transformam", o evento propôs um diálogo aberto sobre os desafios contemporâneos do cuidado, da educação em saúde e das políticas públicas que impactam o exercício da Enfermagem.

A publicação destes Anais representa não apenas o registro das atividades desenvolvidas, mas também a valorização da produção acadêmica e do protagonismo estudantil. Cada trabalho aqui apresentado reflete o compromisso com a ciência, com a prática qualificada e com a construção de uma Enfermagem que atua de forma crítica, técnica e ética, promovendo o cuidado centrado nas pessoas e nas comunidades.

Agradecemos a todos e todas que contribuíram para a realização deste evento e esperamos que estas páginas inspirem novas reflexões, estudos e práticas transformadoras no campo da Enfermagem e da saúde.

  • Pacientes em cuidados críticos
  • Fundamentos de enfermagem
  • Cuidados com a criança e ao adolescente

COMISSÃO GERAL

Denisy Dantas Melquiades Azevedo (PRESIDENTA)

Fernanda da Silva Guedes

Gabriel Leitão de Almeida Araújo


COMISSÃO ORGANIZADORA

Anny Gabrielly Brilhante Martins

Artur Amorim de Medeiros

Ayane Aiara Lauriano de Caldas

Bárbara Dalila dos Santos Teixeira

Brenna Kalyne da Conceição Ferreira

Emmilly da Silva Ferreira

Flávia Maria Medeiros de Azevedo

Gisélly Emanoely Lócio de Sousa

Heloiza Remígio Nascimento

Iza Maria Araújo Lira

Izabel Nina Tavares Bisneta

Jade Costa de Freitas

Jennifer Lorrany Pereira Barbosa

João Batista de Araújo Neto

João Pedro de Sousa Andrade

Júlia Mateus Lima Araujo

Kalyne Dantas Valéria

Kaylane Náthali Medeiros de Oliveira

Luís Pereira de Sousa Filho

Marcelo Alves Martins

Maria Fernanda Gomes dos Santos

Maria Gabriela Cordeiro Pinto Costa

Maria Vitória Vieira Soares

Nicoly Dantas Peronico Ferreira

Rany Ellen Torres de Medeiros

Raylla Duarte Arruda

Rebeca Elza Filgueira Galvão Clemente

Vitória Rodrigues Alves