As fluorquinolonas são uma classe de antimicrobianos amplamente empregada na Medicina Veterinária, especialmente no tratamento de infecções bacterianas em animais de companhia. Entre os fármacos dessa classe, a enrofloxacina se destaca, sendo eficaz contra patógenos como Escherichia coli e Chlamydophila felis. No entanto, o uso indiscriminado e prolongado de enrofloxacina pode resultar em efeitos adversos, como a degeneração retiniana, principalmente em felinos. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre o uso de enrofloxacina e o desenvolvimento de degeneração retiniana em felinos, bem como os fatores de risco, diagnóstico e alternativas terapêuticas. A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica sobre o uso de enrofloxacina em felinos, com foco nos efeitos adversos oculares e no mecanismo de ação do fármaco. A análise das fontes revelou que o uso inadequado do medicamento, como a superdosagem e o tratamento prolongado, está diretamente relacionado à degeneração retiniana. Os sinais clínicos incluem dilatação das pupilas, cegueira e alterações nos vasos sanguíneos da retina. O diagnóstico é confirmado por exames oftalmoscópicos e eletrorretinografia, e o tratamento consiste na interrupção do uso de enrofloxacina, sendo recomendado o uso de fluorquinolonas de outras gerações, como marbofloxacino, para reduzir a toxicidade ocular. Conclui-se que o uso racional da enrofloxacina, com a devida atenção às doses e duração do tratamento, é fundamental para prevenir efeitos adversos, especialmente a degeneração retiniana em felinos. A pesquisa destaca a importância de monitorar o uso de medicamentos veterinários e de adotar alternativas terapêuticas sempre que possível, visando à segurança e à saúde dos animais.
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Marcos Moreira
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