A pancreatite é uma doença que afeta o pâncreas, podendo ser classificada em aguda e crônica. A pancreatite aguda (PA) caracteriza-se por um quadro súbito, grave e resersível, com comprometimento sistêmico, envolvendo lesões reversíveis no tecido pancreático. As principais causas predisponentes para a PA incluem obesidade, fatores nutricionais, traumatismos, endocrinopatias, isquemia e infecções. O objetivo deste estudo é revisar as principais características clínicas da pancreatite aguda em cães, incluindo seus sinais clínicos, diagnóstico e tratamento. Realizou-se uma revisão de literatura com base em artigos publicados nos últimos cinco anos, obtidos por meio da busca em bases de dados como o Google Scholar. Os critérios de inclusão abrangeram trabalhos publicados em português. Os sinais clínicos observados na pancreatite aguda canina incluem depressão, desidratação, anorexia, vômito, diarreia, dor abdominal, icterícia e presença de efusões. Complicações graves associadas à doença envolvem insuficiência renal aguda, distúrbios de coagulação, distúrbios hidroeletrolíticos e choque cardiogênico. O diagnóstico é baseado no histórico clínico, exame físico, exames laboratoriais (como hemograma, urinálise e perfil bioquímico sérico) e exames de imagem (radiografia e ultrassonografia). O diagnóstico definitivo é obtido por meio de biópsia pancreática, com análise histopatológica. O tratamento envolve a correção do fator predisponente e fluidoterapia de Ringer com Lactato, além de medicamentos como maropitant (1mg/kg/SC/SID), cimetidina (5,5-11mg/kg/VO/IM/SC/BID) ou omeprazol (0,5-1,0mg/kg/VO/SID), tramadol (2-4mg/kg/SC/TID), ampicilina (22mg/kg/VO/TID) ou cefalexina (22-30mg/kg/VO/BID), e manejo alimentar adequado. A pancreatite aguda em cães é uma condição grave que requer diagnóstico precoce e intervenção adequada. O tratamento eficaz depende da identificação rápida das causas predisponentes, manejo clínico e terapias específicas.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Marcos Moreira
Comissão Científica