Introdução: O insulinoma é uma neoplasia funcional rara que se origina nas células beta das Ilhotas de Langerhans, caracterizando-se pela produção excessiva de insulina, resultando em hipoglicemia constante. É pouco frequente em cães, apresenta alta malignidade, mas possui alta incidência de metástase (40%), afetando fígado, duodeno, linfonodos mesentéricos, omento e baço. A doença acomete principalmente cães de meia-idade e de raças de médio a grande porte. Objetivo: O objetivo deste estudo é revisar as principais características clínicas do insulinoma em cães, incluindo seus sinais clínicos, diagnóstico e tratamento. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura, baseada em artigos publicados nos últimos cinco anos, a partir da busca em bases de dados do Google Scholar. Os critérios de inclusão abrangeram trabalhos publicados em português. Resultados: Os sinais clínicos do insulinoma canino resultam da hipoglicemia crônica (glicose abaixo de 45 mg/dL). Os sintomas incluem alterações no SNC, como convulsões, fraqueza, colapso, letargia, depressão, ataxia, cegueira de origem central e coma. O diagnóstico é baseado na identificação de hiperinsulinemia, sendo confirmado por exame histopatológico e imunohistoquímico, além de laparotomia exploratória. Exames de imagem podem ser úteis para avaliação de possíveis metástases. O tratamento na internação hospitalar envolve a administração de dextrose (2,5–5%), dexametasona, glucagon e análogos de somatostatina. O tratamento cirúrgico consiste na laparotomia exploratória. Além disso, pode-se adotar um tratamento conservador, com dieta especial, exercícios e uso de glicocorticoides. Conclusão: O insulinoma canino é uma neoplasia rara e grave, cujo diagnóstico precoce e tratamento adequado, seja cirúrgico ou conservador, são cruciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida do paciente. A detecção dos sinais clínicos e exames complementares são essenciais para um manejo eficaz.
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Marcos Moreira
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