A Síndrome Atópica Felina (SAF) é uma condição alérgica que afeta principalmente a pele, o trato respiratório e o sistema gastrointestinal de gatos. Caracterizada por manifestações clínicas diversas, como dermatite miliar, alopecia autoinduzida e complexos granulomatosos eosinofílicos, a SAF apresenta desafios diagnósticos e terapêuticos. A dificuldade em estabelecer uma definição clara e a controvérsia sobre o papel da imunoglobulina E (IgE) nos felinos agravam a compreensão da patogênese dessa síndrome. Este estudo tem como objetivo revisar a etiologia, os fatores envolvidos no desenvolvimento da SAF, bem como explorar as opções terapêuticas e discutir as dificuldades diagnósticas associadas à doença. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os principais aspectos da SAF, considerando a literatura atual sobre a síndrome e suas manifestações clínicas. Os resultados apontam que a SAF está relacionada a fatores genéticos, ambientais e imunológicos, com alérgenos como ácaros, pólen e alimentos desempenhando papéis importantes na exacerbação da condição. O tratamento envolve principalmente o controle do prurido e da inflamação, utilizando glicocorticoides, ciclosporina, oclacitinibe e imunoterapia alérgeno-específica, embora a resposta ao tratamento varie entre os casos. Conclui-se que, apesar dos avanços no entendimento da SAF, a variabilidade das manifestações clínicas ainda representa um desafio significativo para diagnóstico e tratamento. A abordagem terapêutica deve ser individualizada, considerando a complexidade da doença e as particularidades de cada animal afetado.
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Marcos Moreira
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