As hemoparasitoses de importância clínica em cães, como a erliquiose, a anaplasmose e a babesiose, representam um desafio significativo à medicina veterinária, especialmente em regiões tropicais. O presente estudo teve como objetivo revisar a literatura científica sobre essas três enfermidades, destacando seus aspectos etiológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos, com enfoque na importância da integração das informações para o manejo clínico eficaz. A metodologia empregada baseou-se em revisão de literatura utilizando artigos científicos acadêmicos atuais, com ênfase em fontes como Silva (2010), Nelson & Couto (2010) e Megid et al. (2016), além de periódicos especializados em clínica médica veterinária. Os resultados da análise apontam que as três doenças compartilham o vetor Rhipicephalus sanguineus e cursam com sinais clínicos inespecíficos, como febre, apatia e alterações hematológicas, sendo a trombocitopenia uma das mais comuns. A erliquiose pode evoluir para fases crônicas com manifestações autoimunes graves; a anaplasmose é frequentemente assintomática, mas causa trombocitopenia cíclica; e a babesiose leva à anemia hemolítica, podendo causar óbito em casos agudos. O diagnóstico deve combinar exames laboratoriais e moleculares, e o tratamento baseia-se no uso de doxiciclina e imidocarb, com suporte clínico quando necessário. Conclui-se que o conhecimento aprofundado sobre essas enfermidades, associado ao diagnóstico precoce e à prevenção eficaz do vetor, é fundamental para o prognóstico positivo e para o controle epidemiológico das hemoparasitoses em cães.
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Marcos Moreira
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