Este estudo investiga o efeito da tributação sobre a política de distribuição de lucros, especialmente dividendos, em empresas brasileiras com e sem American Depositary Receipts (ADRs). De acordo com a Teoria da Preferência Fiscal, empresas brasileiras emissoras de ADRs teriam menor preferência por dividendos em comparação às não emissoras de ADRs. Para testar essa hipótese, foram utilizados dados secundários da base da Economática de 1998 a 2017, resultando em uma amostra de 481 empresas brasileiras, 61 emissoras de ADRs. Utilizando o modelo de Lintner, foram estimados cinco modelos por meio da técnica de Dados em Painel. Os resultados revelaram que empresas brasileiras com ADRs distribuem menos dividendos do que as sem ADRs, em concordância com a Teoria da Preferência Fiscal. Ainda, observou-se que as empresas tendem a manter uma constância na distribuição de dividendos e que aquelas que distribuíram dividendos no passado tendem a continuar com a prática no futuro.