O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as características governança corporativa e a resiliência financeira das empresas brasileiras de capital aberto. Para alcançar esse propósito, uma regressão de dados em painel de modelo de efeitos aleatórios robustos foi utilizado. Os dados são secundários coletados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Economática®. Os resultados indicam que a concentração acionária e o tenure do diretor presidente afetam positivamente a resiliência financeira enquanto a independência do conselho apresenta efeitos negativos. Ademais, a COVID-19 e a alavancagem empresarial têm relação negativa com a resiliência financeira, ao contrário do tamanho empresarial que tem relação positiva. Variáveis como a propriedade não-governamental e familiar, o tamanho do conselho, a dualidade do diretor presidente e sua idade não apresentaram relação significativa com a resiliência financeira. A pesquisa tem implicações teóricas e práticas ao avançar no estudo da resiliência financeira e uma possível propulsora desta.