O presente estudo examina o efeito da inclusão financeira sobre a desigualdade de renda, a pobreza e a extrema pobreza. Parte-se do pressuposto que uma maior participação da população no sistema financeiro permite a formação de poupança e o envolvimento em atividades empreendedoras, o que geram efeitos sociais positivos sobre a renda, sobretudo dos mais pobres. Utilizou-se um painel dos estados brasileiros para os anos de 2010, 2017 e 2020. Os resultados, porém, mostram que a inclusão financeira não gera efeitos sobre a desigualdade e tendem a aumentar os índices de pobreza. Uma explicação possível é que a inclusão financeira pode vir acompanhada de superendividamento e inadimplência, o que pode piorar a situação de pobreza dos indivíduos.