O artigo investiga o efeito das características pessoais e curriculares dos CEOs nas remunerações executivas de empresas brasileiras listadas em bolsa, no intervalo de 2010 a 2022. Utilizando o GMMSys, descobrimos que CEOs com formação na área de negócios, que ocupam o cargo de presidente do conselho de administração e que são mais maduros, têm sido mais remunerados, revelando que essas características contribuem para determinação das remunerações dos executivos no País. Identificamos ainda que os laços familiares do CEO proporcionam menores remunerações aos executivos, e constatamos que o gênero não foi significativo para as definições salariais. Os achados apresentam resultados empíricos relevantes à literatura nacional e de países emergentes, evidenciando aspectos que podem estar sendo considerados na composição dos pacotes remuneratórios. O estudo clareia caminhos para pesquisas futuras e lança luz sobre fatores que podem contribuir para o entendimento das características dos executivos que são mais valorizadas no contexto brasileiro.