O objetivo deste trabalho é analisar se o risco das diferenças (gaps) entre os preços de fechamento e a abertura do dia seguinte no mercado de ações brasileiro é precificada. A ideia do trabalho origina-se do fato de que o investidor com posição em uma determinada ação é impactado pela volatilidade desses gaps. Simula-se uma estratégia de “Long and Short”, comprando ativos mais voláteis (medidos através do desvio padrão dos retornos de gap diários) e vendendo ativos menos voláteis. É utilizado o tercil das ações de maior (menor) volatilidade de GAP que compõe o Ibovespa de cada ano entre 2000 e 2020 para definir a parte comprada (vendida) da estratégia. A volatilidade dos retornos diários dos GAPS de um ano foi regra para definição da carteira do ano seguinte, assim como para a divisão da estratégia nas partes comprada e vendida. Os resultados comprovam que há geração de retornos anormais com a estratégia em todos os 3 modelos estudados (CAPM, FAMA-FRENCH 3 FATORES e FAMA-FRENCH ESTENDIDO), o que mostra que o risco de GAP não é precificado no mercado brasileiro.