Investigar o conhecimento dos estudantes sobre a diversidade vegetal presente no dia a dia destes, pode ser um norteador para novas ações pedagógicas que promovam uma abordagem contextualizada no processo de ensino e aprendizagem. A vivência deles, adquirida com as plantas, quando presentes nas moradias, pode ser um ponto de partida para o aprendizado da Botânica. O objetivo deste estudo foi analisar as espécies vegetais encontradas nos quintais, seus usos e importância, além de propor a contextualização de conteúdos nas aulas de Ciências. Para a coleta e análise dos dados foram utilizados questionários e fotografias da flora observada nos domicílios de 22 alunos de uma escola pública no município de Rondonópolis/MT. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da UFMT e autorizada por todos os envolvidos. A identificação, classificação e origem biogeográfica das etnoespécies foram definidas com base no site Flora e Funga do Brasil. Os participantes declararam ter quintais em casa e, na maioria das vezes, eles cultivam plantas. Naquela ocasião, foram registradas 80 etnoespécies, sendo que 37% delas são empregadas na alimentação humana, 34,5% na ornamentação e 28,5% na medicina popular. A maior parte dessas plantas não é originária do Brasil. Essa diversidade vegetal aliada às informações florísticas, trazidas pelos discentes, compõem um conjunto de instrumentos importantes na sala de aula para contextualizar os conteúdos botânicos com o cotidiano. Além disso, ainda tornam as aulas mais interessantes e mitigam a impercepção botânica por meio da aquisição de novos saberes. Ainda, verificou-se que o quintal exerce um papel relevante, no que diz respeito ao aspecto ambiental e social diante do processo de urbanização e modernização das cidades. Dessa forma, é possível alertar aos alunos sobre a crise climática e a perda da biodiversidade que vivenciamos na atualidade. Por isso, necessitamos, urgentemente, de mais esforços para construir outras tantas ações de sustentabilidade ambiental nas relações humanas com o meio em que vivemos. Estas fazem-se necessárias para que haja a conservação da biodiversidade do planeta a partir do local em que habitamos.
O 26º Congresso de Biólogos do CRBio-01 (26º ConBio) aconteceu no período de 4 a 6 de dezembro de 2023, com sessões presenciais no Centro Universitário das Américas (FAM), na cidade de São Paulo, que também foram assistidas online pelos participantes inscritos no evento.
O ConBio, realizado a cada dois anos, é promovido pelo Conselho Regional de Biologia - 1ª Região (CRBio-01), autarquia federal de orientação e fiscalização da profissão de Biólogo, com jurisdição nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O tema do 26º ConBio foi “Mudanças Climáticas e Saúde Única”.
O evento recebeu trabalhos científicos nas modalidades “Vídeo” e “Banner”. Os autores que são estudantes de graduação ou de pós-graduação em Ciências Biológicas e submeteram trabalhos na modalidade “Vídeo” concorreram ao Prêmio Bertha Lange de Morretes.
O 26º ConBio também recebeu trabalhos fotográficos que concorram a prêmios no 7º Concurso de Fotografia.
Comissão Organizadora
Conselho Regional de Biologia 1ª Região
Comissão Científica