Assistência de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva aos pacientes vítimas de Traumatismo Cranioencefálico

• Autor
• Fernanda Rodrigues da Costa
• Co-autores
• Gabriella Luzia Sousa Bandeira , Isa Mariana Ferreira Brito , Bruna Marcelha Soares Pereira , Raylson Marcelo Fernandes de Lima
• Resumo

• RESUMO EXPANDIDO

  Introdução: O presente trabalho justifica-se devido ao elevado índice de acidentes que ocasionam o quadro de traumatismo crânio encefálico, que atingem muitos jovens e adultos, ocasionando danos a esses pacientes, sendo de grande importância evidenciar os cuidados que o enfermeiro executa na unidade de terapia intensiva, frente a esses casos. Objetivo: Descrever os cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro na unidade de terapia intensiva aos pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico Material e Métodos: O presente estudo, trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, a busca dos estudos foi realizada nas bases de dados , MEDLINE e na Biblioteca virtual Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), para busca dos estudos foi utilizado os descritores em ciências da saúde DECS/MESH, sendo eles, “Assistência”; “Traumatismo craniano” e “UTI”. Aos critérios de inclusão foram estabelecidos: artigos publicados no idioma português, inglês e espanhol, disponíveis na integra nas bases de dados selecionadas, nos anos de 2015 a 2021. Como critérios de exclusão foram estabelecidos: teses, dissertações comentários e resumos de anais. Resultados e Discussão: O enfermeiro promove os cuidados a esses pacientes através da sistematização da assistência prestada, por meio da avaliação primária, com monitorização de sinais vitais, aplicação da escala de coma de Glasgow, avaliação pupilar, aplicação da escala de RASS. É importante que esse paciente tenha uma boa oferta de oxigênio, garantindo boa permeabilidade das vias aéreas. Compente também ao enfermeiro, a avaliação de complicações, monitoramento de infecção, avaliação de curativos e Conclusão: Diante do exposto, evidencia-se que os cuidados prestados pelo enfermeiro na UTI ao paciente politraumatizado que consiste em avaliar o nível de consciência através da Escala de Coma de Glasgow; monitorização dos sinais vitais; manter boa oxigenação e vias aéreas permeáveis; avaliação da circulação e complicações; monitoramento de infecção; administração medicamentosa; avaliação de curativo e monitorar possíveis complicações associadas à infecção e hemorragia. 

  1. INTRODUÇÃO

  O traumatismo crânioencefálico (TCE) é uma lesão que acontece devido a exposição a algum trauma externo, e com isso provoca alterações anatômicas no crânio, como fratura, laceração do couro cabeludo e entre outras como o comprometimento da função das meninges. O agravamento desses traumas pode desencadear lesões cerebrais momentâneas ou permanentes, levando esse paciente a ter problemas cognitivos e funcionais (ALMEIDA, 2018).

  Traumas na cabeça em decorrência de alguma exposição externa, são as causas do traumatismo craniano, dentre os vários tipos de lesões temos a concussão, contusão, fraturas de crânio, hematoma epidural e hemorragias. Esses traumas podem alterar ou diminuir o nível de consciência do indivíduo favorecendo o desenvolvimento de deficiências nos desempenhos cognitivos, comportamental, emocional e físico. Apesar de ser desencadeado devido a diversos fatores, uma das principais causas de traumatismo craniano são os acidentes automobilísticos, e traumas relacionados a agressões físicas e quedas (FILHO et al.,2019). A enfermagem desempenha um trabalho importante no processo de recuperação do paciente, é fundamental que o cliente tenha sucesso em seu processo de recuperação, para que isso seja alcançado a equipe deve atuar em conjunto, trabalhando de forma humanizada para assim oferecer um cuidado qualificado e eficaz. A sistematização na assistência de enfermagem (SAE) é essencial para desenvolver esse trabalho, visto que ela prioriza o cuidado sistematizado e integral a esse paciente, por isso é essencial que esse profissional tenha conhecimento técnico e científico sobre os procedimentos a serem executados (OLIVEIRA et al., 2018). A assistência oferecida a vítima de TCE deve ser realizada de maneira sistematizada, buscando qualidade e eficiência e para que isso aconteça é necessário que o enfermeiro tenha uma visão ampla do quadro do paciente, para assim executar os cuidados corretos. É fundamental que o enfermeiro realize as atividades com habilidade, conhecimento e competência para promover uma assistência qualificada (MENEZES et al., 2020). Objetiva-se com esse trabalho descrever os cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro na unidade de terapia intensiva aos pacientes vítimas de traumatismocranioencefálico.

  2. METODOLOGIA

  O presente estudo, trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, e a busca dos estudos foi realizado nas seguintes bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), MEDLINE e na Biblioteca virtual Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), para busca dos estudos foi utilizado os descritores em ciências da saúde DECS/MESH sendo eles: “Assistência”, “Traumatismo craniano” e “UTI”. Como critérios de inclusão foram estabelecidos: artigos publicados em português e inglês, os quais tratassem do tema estabelecido, e que estivessem disponíveis na íntegra nas bases de dados selecionadas no período de 2015 a 2021. Como critérios de exclusão foram estabelecidos teses, dissertações, comentários e resumos de anais.

  3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

  O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) atinge cerca de 500 milhões de pessoas por ano, com taxas de 30 a 100 mil mortes a cada 100.000 pessoas. Esse trauma é considerado um dos mais notificados em serviço de alta complexidade, pois causa morte de inúmeras pessoas e deixa sequelas irreversíveis, necessitando de profissionais capacitados para realizar o acolhimento e cuidados com esse perfil de vítima. O profissional que destaca-se é o enfermeiro, por ter contato direto com o paciente e com assistência qualificada dentro da area critica (REZER; PEREIRA; FAUSTINO, 2020). O Enfermeiro, desempenha um papel muito importante na assistência prestada aos pacientes vítimas de Traumatismo Cranioencefálico na UTI. Sendo esse profissional que realiza várias intervenções a fim de proporcionar um melhor prognóstico a esse paciente. O profissional de enfermagem enquanto peça fundamental na equipe multiprofissional, possui um papel importante na atenção a vítimas de TCE, sendo o acompanhamento e o registro por meio da sistematização da assistência prestada a esses pacientes através da avaliação primária, a monitorização dos sinais vitais, aplicação da escala de coma de Glasgow, avaliação pupilar e aplicação da escala de RASS. Dessa forma, é importante que esse paciente tenha uma boa oferta de oxigênio, garantindo boa permeabilidade das vias aéreas (ERDTMANN et al., 2015). A complexidade do atendimento à vítimas de trauma é considerada prioritária pela potencialidade de sua gravidade, para isso, o enfermeiro deve realizar seus cuidados de forma humanizada, analisando também lesões secundárias ao trauma, aquelas que decorrem após um período de ocorrido o trauma craniano. As lesões secundárias podem comprometer o quadro desse paciente, e quando não diagnosticadas e tratadas inicialmente, levam a altos níveis de morbidade e mortalidade (WERLANG et al., 2017). Os cuidados de enfermagem ao paciente com um TCE envolvem a avaliação de complicações, monitoramento de infecção, incluindo avaliação periódica de temperatura sistêmica, avaliando o curativo para drenagem, avaliando a drenagem do Líquido cefalorraquidiano (LCR) para cor, clareza e quantidade; e monitoramento de sinais e sintomas de drenagem excessiva de LCR e sub-drenagem de LCR. O enfermeiro também deve monitorar possíveis complicações associadas à infecção e hemorragia, também deve ser monitorada a temperatura do paciente e ajustar o meio ambiente para garantir que ele não seja hipertérmico (ELOIA et al., 2018).

  4. CONCLUSÃO

  Diante do exposto, evidencia-se que os cuidados prestados pelo enfermeiro na UTI ao paciente politraumatizado consiste em avaliar o nível de consciência através da Escala de Coma de Glasgow; monitorização dos sinais vitais; manter boa oxigenação e vias aéreas permeáveis; avaliação da circulação e complicações; administração medicamentosa; monitoramento de infecção; avaliação periódica de temperatura sistêmica; avaliação do curativo e drenagem do Líquido cefalorraquidiano (LCR) e demais cuidados realizados dentro da UTI. A assistência de enfermagem prestada ao paciente de Traumatismo Cranioencefálico, exige aperfeiçoamento constante dos profissionais de enfermagem que necessitam ter conhecimento científico, prático e técnico, a fim de que possa tomar decisões rápidas e concretas para aplicar intervenções necessárias a recuperação do paciente para evitar o agravamento do quadro. É de suma importância que os pacientes possuam uma sistematização da assistência de enfermagem de qualidade pois grande parte deles encontram-se inconsciente, com hematomas, edemas e múltiplas lesões, que necessitam de cuidados especializados.

• Palavras-chave
• Assistência; Traumatismo craniano; UTI.
• Área Temática
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