O objetivo do estudo foi analisar a relação entre o risco sistêmico, ou coeficiente ?, e as variáveis do modelo contábil no que concerne as empresas do setor energético brasileiro. A amostra compreende 47 empresas do setor de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que possuem ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. A variável dependente é representada pelo coeficiente beta (?), as variáveis explicativas são representadas por sete variáveis contábeis. O período de análise compreende o período de 2011 a 2021, totalizando 11 anos. Os resultados sugerem que maiores retornos, evidenciados pelo Lucro Líquido, aumentam o risco. A mesma relação ocorre com o aumento da Receita Líquida e do EBIT. Maiores retornos proporcionados pelo aumento da Receita Líquida e aumento dos lucros operacionais identificados no EBIT provocam medidas de risco mais elevadas, enquanto sugere que a redução do Grau de Alavancagem Operacional aumenta a percepção de risco, diferente daquilo compreendido na teoria. Por outro lado, maior Grau de Alavancagem Financeira infere na elevação no valor do coeficiente ?. A informação de que uma menor Liquidez está relacionada a maiores valores de ? é confirmada, ao passo que o fator de Endividamento apresenta uma associação direta com o risco de sistemático.