A implantação e o aprimoramento dos sistemas cuja destinação seja o adequado gerenciamento dos resíduos gerados pelas organizações é um dos desafios administrativos frente às demandas socioambientais. A prestação de serviços de saúde abrange a geração de resíduos de alta periculosidade ambiental e social, cabendo aos estabelecimentos a responsabilidade pela destinação ambientalmente correta desses. Para o cumprimento das diretrizes legais, a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da COVID-19, Ceará (UNADIG-CE), criada diante do cenário pandêmico para processamento de teste de COVID-19, trabalhou na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) regido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nesse sentido, esta pesquisa objetiva descrever o processo de implantação do PGRSS da UNADIG/ CE. Adotou-se uma metodologia qualitativa instrumentalizada mediante um estudo de caso. Pode-se concluir, a partir da concepção da gestão ambiental como um processo sistêmico, que a implantação do PGRSS resulta da integração da responsabilidade socioambiental na cultura da organização. Apesar das dificuldades e desafios esperados para a implantação de um novo processo de gerenciamento ambiental, sobretudo por situar-se num contexto pandêmico, observou-se que a assimilação da importância do plano, o engajamento dos colaboradores e as perspectivas futuras sobre esse são compartilhadas por todos os níveis hierárquicos analisados, permitindo assim a sua efetividade e melhoria.