À medida que a sustentabilidade se torna um fator crítico nos negócios, a gestão da cadeia de suprimentos ganha importância estratégica. A Economia Circular emerge como uma nova maneira de se fazer negócios, onde ações de redução, reutilização e reciclagem são valorizadas. O isomorfismo é um conceito presente na teoria institucional e é responsável por demonstrar a tendência das organizações adotarem comportamentos parecidos, ao perceberem boa aceitação social. O objetivo deste artigo é analisar o isomorfismo normativo como um mecanismo de mudança institucional e sua capacidade de contribuir para a institucionalização da Economia Circular de embalagens no Brasil. Entrevistas semiestruturadas em profundidade foram realizadas com 53 profissionais do setor de embalagens no Brasil. A técnica snowball auxiliou na escolha da amostra e o software NVivo deu suporte à análise de conteúdo da fala dos sujeitos. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa qualitativa, aplicada e descritiva. Os resultados demonstram a percepção dos atores sobre o nível de cobrança da sociedade para ações de Economia Circular. Constata-se que a pressão por melhorias socioambientais nos produtos é concentrada em uma parcela da população, assim como a importância das ONGs e dos órgãos fiscalizadores. Por fim, são evidenciadas as contribuições à academia e aos gestores, além de de expor as mudanças recentes na legislação nacional, que abre margem para pesquisas futuras que envolvam gestão de operações e logística reversa de embalagens na construção de uma economia mais circular.