Devido à crise sanitária, muitas empresas precisaram paralisar total ou parcialmente suas atividades, enquanto outras passaram a adotar a modalidade home office. As mulheres, cumpriam a tripla jornada, acumulando a função profissional e a doméstica, com os cuidados com a família. A pandemia trouxe visibilidade à subalternidade feminina na sociedade, demonstrando a conjuntura de desigualdade entre homens e mulheres. Nesse contexto, as mulheres ficaram mais sujeitas à demissão, já que a sobrecarga de tarefas, doméstica e profissionais, tendia a afetar sua produtividade profissional. O objetivo deste trabalho foi compreender os impactos da pandemia sobre o trabalho das mulheres que estão em home office. Para tanto, foram realizadas entrevistas com 16 mulheres, que exerceram atividades laborais, na modalidade home office, todas residentes no Estado do Rio de Janeiro. A Análise de Conteúdo, com o uso do Atlas TI, permitiu demonstrar como as mulheres foram impactadas pelas mudanças na rotina. O estudo concluiu que a sobrecarga das mulheres acrescida a outros fatores, como excesso de carga mental, medo de não conseguir atender as expectativas, sensação de sufocamento, irritação, cansaço e desconforto, além de doenças mentais e de saúde, são alguns dos fatores que geram a exaustão feminina.