Esta pesquisa teve por objetivo identificar quais fatores funcionam como desestimulantes da compra de produtos falsificados por jovens entre 20 e 30 anos pertencentes à base da pirâmide. O Brasil é composto em sua maioria por pessoas que não têm condição financeira que lhes permita adquirir itens caros, principalmente os que não fazem parte das necessidades humanas básicas. Foi realizada uma pesquisa tendo como orientação metodológica a análise de conteúdo. Para tanto, foram entrevistadas 12 pessoas (6 homens e 6 mulheres) entre 20 e 30 anos, buscando analisar o que leva pessoas das classes da base da pirâmide a não adquirir e ostentar produtos falsificados. Dessa forma, foram definidas três proposições durante a pesquisa e todas foram confirmadas, sendo: P1- A associação à má qualidade de produtos falsificados é um fator desestimulante de compra; P2- A antecipação da vergonha decorrente do uso de um item falsificado faz com que o consumidor o evite de comprar; P3- O medo provocado por um possível desprezo do meio social age como regulador, fazendo com que o indivíduo evite a compra de produto falsificado. Os resultados mostram que a percepção do risco de julgamento externo faz com que o indivíduo opte por um produto que não seja falsificado, dando preferência a marcas menores.