Este artigo tem como objeto de estudo as teorias desenvolvidas por Michael Porter acerca do posicionamento competitivo de empresas, as quais versam sobre as vantagens de se optar por uma única estratégia como forma de obter desempenho superior, ao passo que condenam ao fracasso as empresas que adotam um tipo de estratégia híbrida, sendo estas classificadas pelo autor como presas no meio (stuck in the middle). Revisitou-se a teoria inicial das estratégias genéricas de Porter de 1980, bem como as alterações promovidas em torno dela em publicações posteriores (1985 e 1988, respectivamente), em que Porter realizou mudanças em sua tipologia, no intuito de aprimorar a teoria desenvolvida, buscando eliminar antigas incongruências. As estratégias genéricas de Porter se tornaram uma doutrina conhecida e difundida mundialmente, sendo praticada pelas grandes empresas ao redor do mundo. Contudo muito embora seja fácil de aceitar que tal teoria tenha se mostrado eficaz na prática, são muitos os casos de empresas, cujo posicionamento não satisfaz a orientação defendida por Porter, que conseguem alcançar desempenho satisfatório no mercado. Buscou-se, portanto, examinar tanto os casos que vão ao encontro dos conceitos ensinados por Porter, assim como outros que apresentam argumentos contrários às suas ideias, além de averiguar a eficácia de tais teorias quando praticadas por micro e pequenas empresas.
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