Apesar de ser uma das dimensões do tripé basilar da universidade, a extensão é recorrentemente negligenciada. Por outro lado, à internacionalização se é atribuído destaque, uma vez que pode conferir ‘prestígio’ à universidade em rankings acadêmicos. A responsabilidade social da internacionalização não tem sido ponto de foco na agenda da internacionalização da educação superior. Assim, este estudo objetivou analisar de que maneira documentos institucionais de universidades públicas de Santa Catarina contemplam a internacionalização da extensão. Para tanto, foi realizado estudo descritivo de abordagem qualitativa, que fez uso de pesquisa bibliográfica e documental. Documentos das instituições selecionadas, relativos às temáticas de extensão e de internacionalização, foram analisados por meio de codificação cruzada, com o uso do software Atlas.ti e embasada na metodologia de Saldaña (2013). Obteve-se um panorama geral de como a internacionalização da extensão tem sido tratada pelos documentos institucionais de universidades públicas brasileiras e verificou-se que há tentativas de se estabelecer o diálogo entre a extensão universitária e a internacionalização da educação superior, porém, a extensão não costuma ter o mesmo destaque nas políticas de internacionalização que o ensino e, sobretudo, a pós-graduação e a pesquisa. Como trabalhos futuros, sugere-se a realização de pesquisas de campo nas universidades cujos documentos foram analisados, para que se possa identificar se as prescrições identificadas ultrapassam a retórica e para que se possa conhecer como a extensão da internacionalização ocorre na prática.
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