Em todas as sociedades industrializadas contemporâneas, as mulheres permanecem sub-representadas em salas de reuniões e governos. Embora essa diferença de gênero tenha diminuído, os desafios que as mulheres enfrentam para subir a escada corporativa e política permanecem substanciais. Um viés masculino nas mais altas posições de liderança é universal. De fato, em grande parte das sociedades — tanto do passado quanto contemporâneas — as posições formais de liderança política eram, e continuam sendo, quase que exclusivamente ocupadas por homens. Se hoje as mulheres não são formalmente proibidas de ocupar posições de liderança e empreendedorismo, elas ainda são menos numerosas ou menos poderosas que seus colegas homens. É difícil de se justificar o fato de as mulheres serem menos propensas a chegar aos mais altos escalões na política, nos negócios, na ciência e na religião, dado que não há evidências consistentes de que elas sejam líderes ou empreendedoras piores ou melhores que homens em virtude de suas características femininas. A tentativa de explicar a lacuna de gênero na liderança e no empreendedorismo passa pela consideração dos estereótipos de gênero, preconceito, sexismo institucional etc. Este estudo buscou investigar essa lacuna de gênero de maneira exploratória, por meio de uma revisão de literatura e de entrevistas com mulheres líderes e intraempreendedoras.
Comissão Organizadora
Comissão Científica