Os bancos no Brasil são conhecidos pelos lucros, alguns por estarem entre as melhores para se trabalhar e ou pelas reclamações dos empregados devido as metas abusivas e dos clientes em razão das cobranças indevidas e ou abusivas dos serviços. Até o momento, os Bancos não têm sido citados nas publicações nacionais sobre tirania nas organizações, diferente das publicações internacionais. A tirania foi considerada um novo modelo de administração a ser seguido até o momento em que tirania deixou um rastro extenso de violência, destruições e mortes. A tirania aumentou o poder do tirano que foi considerado um homem de sucesso por sua liderança. O objetivo geral desta pesquisa foi
identificar a relação entre a tirania, poder e liderança com base nas escalas Bases de Poder (EBPS) e Estilos de Liderança (EAEG). Esta pesquisa adotou a abordagem quantitativa, contou com a participação 233 respondentes, empregados e ex-empregados de Bancos do estado de São Paulo. O tamanho da amostra foi obtido com o uso do software GPower 3.0. O modelo conceitual, validação discriminante das variáveis latentes, validação discriminante do modelo estrutural e os resultados das sete hipóteses foram obtidos com o uso do software SmartPLS3. Os objetivos foram alcançados. Nos resultados destacam-se a base de poder coerção e o estilo de liderança voltado para a tarefa (foco nos resultados) pelos respondentes. Nas contribuições destacam-se a possibilidade de estudar a tirania a partir de duas escalas validadas no Brasil, EBPS e EAEG, o uso da EAEG como escala de concordância e alertar para o risco de o Banco ser reconhecido como promotor da tirania. Nas implicações práticas destacam-se as oportunidades para os Bancos evitarem a tirania e para as revistas, que divulgam as melhores empresas para se trabalhar, incluírem a tirania em suas pesquisas. As limitações foram a baixa participação de ex-empregados e de pessoas na liderança. Pesquisas futuras sugerem-se ampliar para todo o país, incluir novos segmentos e novas abordagens. Almeja- se que esta pesquisa se torne uma placa de advertência para as pessoas, organizações e o país, principalmente, para quem se considera se tratar de um problema interno nas organizações e as vítimas são os empregados.
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