As pesquisas realizadas no campo da Administração se desenvolveram, predominantemente, com um caráter positivista, recebendo críticas de outras áreas do conhecimento, como, filosofia, sociologia e antropologia. No início da década de 1990, as críticas emergiram do próprio campo da administração, iniciando o movimento Critical Management Studies (CMS). Esses estudos são caracterizados pela abordagem às contradições dos processos de gerenciamento das organizações, evidenciando o poder, formas de dominação e desigualdades presentes no contexto organizacional, seja desconstruindo conceitos, como realizando trabalhos que trazem o empoderamento humano. O objetivo deste artigo é analisar a produção cientifica do critical management studies, ou estudos críticos em administração, no Brasil, desde os anos 2000, tendo como ponto de partida a pesquisa de Davel e Alcadipani (2003). Como procedimentos metodológicos, adotamos a pesquisa documental, com o foco nos artigos publicados em periódicos brasileiros da área de Administração, os quais foram submetidos à análise para identificar as características comuns aos estudos críticos em administração: anti-performance, desnaturalização e emancipação. Como resultados, apontamos o crescimento substancial dos artigos críticos publicados nos periódicos brasileiros nos últimos anos, e, ainda, o crescimento dos artigos críticos de natureza empírica em comparação àqueles puramente teóricos.
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