O sistema tradicional de gênero impõe papéis fixos para homens e mulheres, afetando as relações de poder. Muitas pessoas não se identificam com seu gênero designado, enfrentando preconceito e violência. A discriminação contra travestis e transexuais no Brasil é alarmante, afetando suas oportunidades de emprego e levando-as à marginalidade. Nesse sentido, os estudos da diversidade organizacional consideram que a criação de uma força de trabalho diversificada é de extrema importância para transformar este cenário de desigualdade, sem esquecer que o desafio para a inclusão é imenso especialmente quando se fala de grupos de mulheres transgênero e travestis no mercado de trabalho. Segundo a Associação de Travestis e Transexuais (ANTRA, 2020) estima-se que 4% das mulheres trans possuem empregos formais, 6% estão em atividades informais e subempregos, e 90% encontram seu sustento na prostituição. Dessa maneira, este artigo tem como objetivo principal discutir os principais desafios enfrentados por mulheres transgênero e travestis no contexto do mercado de trabalho brasileiro. Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa qualitativa exploratória, com revisão sistemática da literatura e teve como principais resultados a percepção de uma interconexão complexa entre a identificação da pessoa trans, as barreiras educacionais, o preconceito e estigmas, elementos que juntos dificultam a experiência de pessoas trans no mercado de trabalho. Outro aspecto promissor identificado na pesquisa foi uma crescente conscientização sobre a importância da gestão da diversidade nas organizações e a necessidade de fortalecer o conhecimento e ações inclusivas no ambiente acadêmico.
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