O presente ensaio teórico discute, no contexto brasileiro, as perspectivas da relação de trabalho em modelos de gestão sob a ótica dos rituais corporativos, bem como seus impactos na construção do homem social no universo organizacional. Os rituais de gestão atuam como instrumentos de poder político institucional com objetivo de suscitar relacionamento e identificação entre empregado e empregador. A associação da cultura corporativa ao alto desempenho implica, segundo estudos, na sobrevivência do negócio e no seu diferencial competitivo, mas as ações para a definição de certa estrutura estratégica podem coibir o trabalhador como indivíduo livre em sua forma de pensar, agir, deixando assim de ser protagonista de sua própria história. O alinhamento teórico dos conceitos estudados conclui que examinar o indivíduo como peça de um jogo de poder hierarquiza sua vida e o impede de ter o controle sobre seu conhecimento, reconhecimento, inquietações e aspirações.
Comissão Organizadora
Comissão Científica