Este artigo objetiva analisar a relação de finanças comportamentais e estrutura de capital por meio do desenvolvimento de três proposições. A metodologia deste trabalho é qualitativa e exploratória e se deu por meio de três entrevistas semiestruturadas com diretores financeiros de empresas de grande porte brasileiras. Os resultados desta pesquisa revelam a interação entre métricas quantitativas e viéses comportamentais na tomada de decisões financeiras. Entrevistados enfatizam métricas como TIR, Payback e VPL, mas suas respostas também destacam a influência de viéses comportamentais. A aversão ao risco, influenciada pelo cenário econômico, afeta a abordagem de investimento. A pandemia desencadeou mudanças comportamentais, com busca por colaboração e precaução. Dúvidas sobre dívida refletem o viés da aversão ao endividamento e a mentalidade de escassez. Esses resultados ressaltam a importância de considerar tanto aspectos quantitativos quanto comportamentais nas decisões financeiras corporativas. Em conclusão, o trabalho mostra a interrelação complexa entre métricas quantitativas e viéses comportamentais nas decisões financeiras. Essa abordagem híbrida revela a influência da aversão ao risco, mudanças de contexto e incertezas na tomada de decisões. Esse artigo contribui para a teoria ao elaborar três proposições para serem testadas quantitativamente e para a prática gerencial uma vez que pode auxiliar os executivos de finanças a compreenderem como seus vieses podem impactar a estrutura de capital, e por consequência, os resultados das firmas.
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