Nos últimos anos, os Estudos Organizacionais (EO) no Brasil têm se destacado, ressaltando sua relevância. Contudo, é notório a persistente predominância de uma abordagem funcionalista na sociologia, carente de perspectiva histórica. Apesar de avanços em novas visões, essa abordagem continua sendo hegemônica na base epistemológica dos EO. O Holocausto, um dos capítulos mais obscuros da história, resultou em genocídio sistemático durante a Segunda Guerra Mundial. A predominância gerencialista reflete uma lógica de management, buscando traduzir atividades humanas em indicadores de desempenho. Enraizado no Sistema Capitalista, o management visa eficiência e controle, mascarando uma face insalubre da gestão. Este ensaio propõe uma análise do Holocausto como metáfora nas pesquisas de Estudos Organizacionais, explorando as intrincadas interseções entre os eventos históricos do Holocausto e as dinâmicas atuais das organizações. Reconsiderar a lógica do management demanda uma abordagem mais holística, considerando não apenas resultados quantificáveis, mas também aspectos qualitativos e humanos das organizações. Por fim, ao explorar o Holocausto como metáfora nos Estudos Organizacionais, especialmente nas práticas de gestão, emerge uma perspectiva intrigante para examinar dinâmicas organizacionais e seus riscos substanciais. Essa analogia visa enfatizar a importância da responsabilidade individual e coletiva na gestão. Similar à discussão sobre a banalização do mal no contexto do Holocausto, a visão crítica do management busca realçar a necessidade de reconhecer a responsabilidade de todos os envolvidos nas decisões organizacionais.
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