A pandemia sofrida mundialmente pelo COVID-19 enfraqueceu a economia brasileira e seu mercado de capitais desde o início de 2020, ocasionando queda no valor dos ativos financeiros. Alguns setores ou segmentos se tornaram mais vulneráveis enquanto outros continuaram a performar bem, mesmo durante o período de crise. Independentemente da pandemia, as organizações passam por uma reflexão do seu papel social e responsável nos negócios, fazendo com que empresas busquem elevar seu nível de comprometimento em áreas como sustentabilidade ambiental, governança e qualidade de trabalho dos colaboradores concomitantemente com a entrega de performance financeira aos acionistas. Dado esta nova realidade, busca-se analisar a volatilidade inicial e o retorno de três dos principais índices de sustentabilidade listados na bolsa de valores brasileira (IGC, ICO2 e IGPTW). Ao fazer isso, obtendo dados diretamente da B3, investigou-se em um teste de evento tais performances, comparativamente ao benchmark IBOV, utilizando uma janela de 10 dias a partir do anúncio oficial do governo do ambiente de pandemia, no caso 20 de março de 2020. Seguindo o anúncio, atestou-se que os índices representativos de responsabilidade ASG sofreram reação tão forte quanto às demais empresas listadas no IBOV. Tal constatação é vital aos participantes do mercado a fim avaliar se iniciativas ASG são mais ou menos vulneráveis a crises como a recentemente atravessada durante o COVID-19.
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