No mundo contemporâneo, ainda existem culturas que são opressivas e injustas em relação aos papéis, direitos e deveres das mulheres. Assim, este estudo teve por objetivo compreender as principais barreiras relacionadas à participação feminina nas negociações internacionais com culturas muçulmanas. A metodologia deste estudo qualitativo exploratório envolveu entrevistas com roteiro semiestruturado, e o público-alvo da pesquisa foram profissionais que residem no Brasil, com experiência de negociação com muçulmanos. Foram entrevistados seis profissionais, tanto na forma virtual como presencial. Assim, dado o atual cenário em que as mulheres muçulmanas se encontram, esse estudo teve o propósito de compreender as barreiras que elas enfrentam ao negociar com culturas muçulmanas e, desse modo, contribuir para uma eventual mudança para que elas sejam inseridas mais frequentemente nesse mercado. Dessa maneira, os resultados da pesquisa indicam que há mulheres brasileiras que passaram por dificuldades e ainda passam por desafios quando o assunto é negociar com árabes, os quais ainda são detentores da cultura patriarcal em que elas não têm muito espaço. Entretanto, para os homens, é um mercado admirável para se fazer negócios, ainda mais entendendo que os muçulmanos gostam de barganhar e a palavra é um fator de honra que deve ser cumprido. Portanto, ainda há barreiras para as mulheres negociarem naturalmente com os homens muçulmanos.
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