Em um contexto cada vez mais dinâmico e diverso, é importante que as organizações compreendam a percepção de seus colaboradores a respeito dos fatores que potencializam sua produtividade e satisfação com o ambiente laboral. Destarte, o presente trabalho teve como objetivo analisar se o modelo cultural impacta as vivências de bem-estar no trabalho na visão dos trabalhadores. A pesquisa foi aplicada em uma empresa júnior da Universidade de Brasília e em uma filial de uma empresa do ramo de autopeças, atuante no Distrito Federal e Goiás. No total foram coletadas 85 respostas aplicadas através de um formulário. No que tange a interpretação dos dados coletados, fez-se uma regressão linear entre as dimensões de cultura com bem-estar no trabalho. Em relação à análise dos resultados, a cultura das organizações estudadas foi classificada de acordo com o modelo Competing Values Framework (CVF), desenvolvido por Cameron e Quinn (2006), o qual caracterizou os estilos entre clã, adhocracia, mercado e hierarquia. Referente ao bem-estar no trabalho, utilizou-se a escala EBET elaborada por Paschoal e Tamayo (2008), cujos componentes são divididos entre afeto positivo, negativo e realização. Os resultados encontrados indicam uma relação positiva entre as variáveis analisadas, de modo que os modelos culturais hierárquico e clã explicam 57,2% dos afetos positivos do bem-estar no trabalho, o que aponta uma relação interessante. Assim, os colaboradores que atuam em organizações com essas características possuem maior realização em sua atividade laboral. Para as empresas analisadas, os resultados encontrados poderão auxiliar na elaboração de estratégias ligadas à gestão de pessoas. Ademais, para as demais organizações, serve como um indicativo do efeito positivo da cultura no bem-estar no trabalho.
Comissão Organizadora
Comissão Científica