O objetivo deste artigo é verificar a influência da proficiência em língua inglesa na motivação para a aprendizagem dos estudantes do curso de Graduação em Administração de uma instituição de ensino superior privada. Com uma abordagem mista, este trabalho levantou na IES estudada, as motivações para a aprendizagem através da aplicação da escala EMAPRE-U (Escala de Motivação para Aprendizagem em Universitários) e a comparou com o nível de proficiência linguística autoproclamada pelos estudantes. Também foi realizada uma análise qualitativa dos desafios, benefícios e sugestões que os estudantes indicaram ao processo de ensino e aprendizagem vivido na atual oferta de disciplinas por meio da língua inglesa. Os resultados quantitativos obtidos indicam que o nível de proficiência linguística impacta diretamente na motivação para aprender e que os estudantes com menor índice de proficiência possuem menos centralidade no próprio processo de aprendizado. Porém, a análise qualitativa revelou que, independente do nível de proficiência linguística autodeclarado, todos os grupos de estudantes possuem ressalvas quanto à aprendizagem em outra língua, expressando afetos ligados a medo, vergonha ou exposição. Há, porém, amplo reconhecimento da importância da aprendizagem de/em outra língua em termos de demandas e exigências do mercado de trabalho. O artigo, através dos dados coletados, reforça a importância do processo de internacionalização e da educação bilíngue e revela importantes recomendações a serem ponderadas no processo.
Comissão Organizadora
Comissão Científica