O presente trabalho buscou entender como são percebidas as dificuldades e as perspectivas das mulheres negras acadêmicas do curso de Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul campus Chapecó em seu processo de construção profissional. O feminismo se ramifica em diversas vertentes, sendo uma delas o feminismo negro no qual acredita-se que as mulheres negras sofrem dupla opressão, tanto pelo gênero quanto pela cor. Através de leitura bibliográfica sobre feminismo, divisão sexual no trabalho, teorias raciais e de gênero estudou-se a identidade social da mulher negra. Essa pesquisa objetivou evidenciar o perfil empreendedor e as experiências das acadêmicas, e para alcançá-lo, como técnica de coleta de dados aplicou-se um questionário utilizando-se da métrica da escala Likert de cinco pontos bem como questões abertas, na qual seis acadêmicas responderam de forma digital via Google Formulários. A análise de dados deu-se por meio de uma pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa, de natureza descritiva, sendo bibliográfica, onde a seleção dos sujeitos ocorreu por amostragem não-probabilística por conveniência. Como resultado, a pesquisa expôs questões de relação de gênero e sua influência na vida e construção profissional de tais mulheres evidenciando uma sensação de esforço duplo em busca de valorização e luta contra o racismo, afirmando a premissa de que as mulheres negras precisam enfrentar diariamente a dupla luta: gênero e raça.
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