O presente estudo objetiva avaliar o uso das capacidades dinâmicas através do desempenho da atenção primária à saúde a partir do Indicador Sintético Final (ISF) nas capitais do Brasil nos anos de 2021 e 2022. A análise das capacidades na área da saúde é torna-se necessário pois permite identificar métodos eficazes de gestão estratégica, o que é fundamental para a geração de desempenho em saúde pública. Assim, foi realizada uma pesquisa exploratória a partir de um levantamento documental realizado com as 27 capitais das unidades federativas do Brasil. Os dados foram coletados em bases de dados secundárias disponíveis de forma pública nos anos de 2021 e 2022. Nos resultados observou-se que em 26 capitais o indicador sintético final sofre influência do financiamento com magnitude positiva e da quantidade de equipes com magnitude negativa ambas significativamente, já a cobertura da atenção básica não mostrou influenciar a variável estudada. Identificou-se resultados relevantes para uma avaliação inicial do indicador estudado a partir das capacidades e recursos disponíveis, sendo possível associar a teoria das capacidades dinâmicas para compreender os impactos do ambiente no gerenciamento estratégico de políticas públicas e dos recursos financeiros aplicados. Este estudo permitirá ao gestor público alinhar recursos e capacidades estratégicas para as organizações públicas, possibilitando a elaboração de planejamentos alicerçados em indicadores de esforço e de desempenho geradores de resultados com eficazes e impactando diretamente na saúde pública da população brasileira.
Comissão Organizadora
Comissão Científica