O poder das empresas transnacionais de tecnologia na economia globalizada e o surgimento de plataformas digitais afetam não somente os direitos civis, mas também a soberania dos Estados. A detenção dos dados civis pelas big techs ascende o debate internacional sobre a disputa pelo poder digital e levantam novos desafios regulatórios por parte dos Estados. O grande desafio político das sociedades atuais é preservar a autonomia dos Estados frente às grandes empresas de tecnologia, que colocam os direitos, da privacidade pessoal à segurança nacional, em disputa. Assim, este trabalho teve por objetivo analisar os novos cenários econômicos mundiais, a partir do surgimento de big techs, e como a influência dessas companhias interfere na tomada de decisão dos países e acabam por desafiar a soberania estatal e os direitos civis. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental, a partir de reportagens disponíveis na internet, de natureza exploratória e indutiva. Na análise dos dados fez-se uso do software Iramuteq. Os resultados destacam a complexidade do debate em curso e a falta de dados empíricos sólidos que dificultam a determinação precisa da posição dos Estados e suas futuras dificuldades em lidar com as big techs. A pesquisa também destaca a necessidade de estudos adicionais para analisar as políticas específicas adotadas pelos países em relação às big techs e explorar o impacto dessas empresas nos direitos civis, na soberania estatal e na geopolítica global.
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