O desenvolvimento de software é uma atividade desafiadora que tem sido transformada pelos avanços tecnológicos e mudanças nas dinâmicas de trabalho. Atualmente, os projetos de desenvolvimento de software contam com equipes distribuídas, conhecidas como Desenvolvimento de Software Distribuído (DSD). Tais projetos enfrentam desafios de comunicação e coordenação, e adotam métodos ágeis para superá-los. Vários estudos têm destacado esses desafios, mas não houve uma compreensão clara das práticas, estratégias e arranjos de times em projetos de DSD. Portanto, realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), com o método da revisão de escopo baseado no PRISMA, com o objetivo de identificar esses desafios, práticas e diferentes arranjos de times virtuais em DSD. Partindo de um protocolo com critérios de seletividade previamente definidos, foram selecionados 26 estudos. Com o apoio dos softwares Parsif.al e PowerBI foram identificados desafios e práticas em cinco dimensões que afetam tanto negativamente quanto positivamente a comunicação e coordenação em projetos de DSD, são elas: aspectos humanos, aspectos organizacionais, distâncias e diferenças, interações sociais e processos, eventos e mecanismos de colaboração. Além disso, constatou-se quatro tipos de arranjos de equipes, co-localizada, distribuída, remota e híbrida. Conclui-se que a comunicação é promotora da coordenação em DSD, e que a adaptação de abordagens de gestão de projetos é necessária para garantir a efetiva comunicação e coordenação das equipes, contribuindo para o sucesso dos projetos.
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