Indicadores de sustentabilidade tem sido empregados nos contextos organizacionais e percebe-se que a maior parte da produção científica nacional e internacional sobre o tema tem se concentrado na aplicação dos modelos de mensuração, resultando em artigos descritivos e não-críticos. Desta forma, a pesquisa que deu origem a este artigo pretendeu descrever e entender os principais aspectos dos indicadores de sustentabilidade e suas aplicações no cotidiano das organizações, por meio do mapeando de seu campo de estudos compreendendo críticas e pensamentos dos principais expoentes do campo da sustentabilidade quanto às limitações apresentadas por estes indicadores. A bibliometria realizada se consistiu na análise de 57 artigos, escritos por 118 autores entre 2002 e 2015, provenientes de 26 periódicos internacionais de alto impacto (índice JCR). Do estudo bibliométrico, emergiram quatro categorias de análise: vulnerabilidades, pontos positivos, tendências e aplicações, que trazem as críticas dos autores sobre os modelos de mensuração. Os aspectos emergentes do estudo foram validados por meio de survey qualitativa com os autores das publicações analisadas. Verificou-se a predominância do uso de metodologias qualitativas, em especial a análise de conteúdo confirmando assim a baixa incidência de estudos críticos sobre o tema e por consequência para o baixo número de autores com este tipo de posicionamento epistemológico. Observou-se também que os pesquisadores, em seus estudos, têm apresentado pouca reflexão sobre os modelos e indicadores de sustentabilidade inviabilizando as críticas construtivas.
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