O orçamento público desempenha um papel crucial na administração financeira, influenciando diretamente o desenvolvimento socioeconômico e a estabilidade do poder público. No entanto, a falta de clareza e a complexidade das peças orçamentárias dificultam a compreensão e fiscalização por parte da população. Para democratizar o orçamento e combater desigualdades, Fortaleza implementou diversos mecanismos de transparência e inclusão social, como o Orçamento Participativo e os orçamentos temáticos, incluindo o Orçamento Criança e Adolescente (OCA) e o Orçamento Primeira Infância (OPI). Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo geral explorar os mecanismos de transparência e inclusão social desenvolvidos pelo município de Fortaleza visando democratizar o orçamento público e reduzir as desigualdades sociais. A metodologia do OCA se baseia em três eixos: educação, saúde, e assistência social, com etapas detalhadas de seleção e classificação das despesas. O OPI segue cinco eixos centrais e uma análise em cinco passos para garantir precisão e transparência. Além disso, a vinculação do orçamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ajuda a medir a contribuição das ações para o alcance desses objetivos. Como principais resultados destaca-se a regionalização das ações orçamentárias e a criação de subprodutos, permitindo uma melhor identificação e monitoramento dos investimentos. Esse conjunto de iniciativas fortalece a governança democrática e a participação cidadã, promovendo um uso mais eficaz e justo dos recursos públicos.