Este ensaio teórico examina a evolução da teoria da firma, desde a perspectiva neoclássica até a abordagem da Nova Economia Institucional (NEI). O objetivo principal é investigar como a NEI complementa e aprimora a teoria neoclássica, particularmente em relação aos custos de transação e às interações entre agentes econômicos. Enquanto a teoria neoclássica enfatiza a eficiência da firma na alocação de recursos para atender às demandas dos consumidores, a NEI a considera uma instituição que gerencia custos de transação e molda o comportamento econômico. Destacam-se autores como Coase, Williamson e North, que redefiniram a função da firma, enfocando suas interações com o ambiente e seus acordos contratuais. A discussão também aborda o debate entre os interesses dos acionistas e dos stakeholders, refletindo diferentes perspectivas sobre os objetivos das empresas. Enquanto a teoria dos stakeholders sugere que as decisões devem considerar todos os envolvidos, a teoria dos acionistas prioriza a maximização do lucro. Apesar da ênfase moderna nos stakeholders, a contabilidade ainda é majoritariamente influenciada pela teoria dos acionistas. A definição da função-objetivo da firma e o equilíbrio entre interesses econômicos e sociais são cruciais para práticas empresariais sustentáveis e responsáveis.