No Brasil, a economia solidária nasce no final da década de 80, e início da década de 90, oriunda de lutas históricas de movimentos sociais e, também, de iniciativas de Administrações municipais contra o desemprego e a pobreza, baseada sobre o eixo do trabalho para incluir pessoas historicamente excluídas pela hegemonia econômica capitalista. Logo, surge como alternativa de geração de renda e inclusão econômica e social. Por esse motivo, e dada a importância desta temática do ponto de vista econômico e social, vários municípios têm investido na elaboração de iniciativas para o fomento da economia solidária. Essas iniciativas variam conforme o município e a região, e podem ir de simples ações a políticas públicas. Este trabalho teve como objetivo examinar as políticas públicas de fomento à economia solidária do governo federal de 2003 a 2023, evidenciando as principais ações e atores. Trata-se de um estudo conduzido por meio de pesquisa bibliográfica. Identificou-se que, ao longo dos 10 anos de atividades ligadas à economia solidária, uma série de iniciativas, advindas de vários atores, foram desenvolvidas para fins de fomento à economia solidária, geração de trabalho e renda e desenvolvimento local. Contudo, observou-se que é necessário, ainda, uma série de ações a fim de perenizar, aprofundar e ampliar as iniciativas de economia solidária, haja vista que elas ainda estão longe do caráter de transversalidade almejado e anunciado pelo governo municipal.