Este estudo apresenta práticas de educação empreendedora realizadas por quatro instituições de ensino superior brasileiras. Foram examinadas iniciativas que envolveram agentes do ecossistema local de inovação para enriquecer as experiências de aprendizagem dos estudantes, articulando parceiros externos e auxiliando na geração de possíveis startups. A motivação do estudo foi compreender como a maturidade do ecossistema local de inovação contribui para a efetividade da educação empreendedora nas instituições analisadas. Para tal, foram realizadas análises documentais, análise de exemplos e apurado relato de experiência de docentes. Os resultados revelaram que a aprendizagem baseada em projetos e o uso do Programa Ignite são práticas de educação empreendedora adotadas pelas instituições de ensino superior e a interação com o ecossistema local potencializa a formação dos estudantes, ao colocá-los em contato com demandas contemporâneas e agentes, como incubadoras, aceleradoras, mentores e investidores. Assim, a sala de aula ganha um importante aliado para a aprendizagem significativa, baseada no mundo real. Os estudantes se envolvem na experiência de aprendizagem de modo mais encorajador, ao desenvolverem suas próprias ideias de negócio e ao receberem apoio de agentes do ecossistema. Todas estas iniciativas ampliam a preparação do estudante como futuros empreendedores e/ou intraempreendedores com potencial de gerar valor social e econômico.