A cultura organizacional é compreendida como um conjunto de hábitos, crenças e valores compartilhados pelas pessoas que compõem um grupo e pode favorecer resultados positivos através da adoção de inovações. O trabalho híbrido, modelo laboral que divide a execução da tarefa entre a unidade física da organização e o teletrabalho, se configura como uma tendência para muitas organizações, especialmente após a pandemia da Covid-19. Nesse contexto o presente trabalho buscou investigar a percepção e vivência do trabalho híbrido no contexto da cultura organizacional inovadora de uma empresa júnior do curso de Ciência da Computação, considerando que trabalhadores da tecnologia da informação correspondem ao principal grupo laboral que teve acesso fácil a esta modalidade de trabalho. A metodologia desenvolvida foi qualitativa, os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas, realizadas remotamente, com doze participantes de uma empresa júnior, as quais foram agendadas em dia e horário compatíveis com a disponibilidade dos indivíduos e encaminhado, via email, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados indicaram que o trabalho híbrido favorece o cenário de uma cultura inovadora na empresa júnior e observou-se que a redução do contato físico entre os membros não diminuiu a transferência de conhecimento e a partilha de ideias que conduzem à criação de novo valor. Também foi visto que sete determinantes de uma cultura organizacional inovadora são percebidos como presentes na empresa júnior e que o mais predominante foi ‘relacionamento de confiança’.
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