A pandemia da COVID-19 é um desafio gigante para países, em especial para países que adotam o federalismo. Observamos entre estes países estratégias como cooperação entre os entes nacionais e subnacionais, bem como, políticas nacionais centralizadoras. Neste artigo, investigamos o papel das tensões do federalismo no Brasil. Especificamente, analisamos o impacto do Poder judiciário Judiciário no sistema de freios e contrapesos que freou a tentativa do poder Executivo Federal de centralizar as decisões, mantendo os entes subnacionais como concorrentes e copatrocinadores dos sistemas e das políticas de saúde públicas. Utilizamos como metodologia de regressão em diferenças. Nossos resultados mostram que o sistema promoveu uma melhora na acountabilility levando uma melhora na eficiência nas políticas o que reduziu os efeitos nocivos da pandemia. Além disso, a despeito de divergências ideológicas locais, prefeituras locais foram restritivas em adotar tratamentos precoces para a COVID-19, propostas pelo Governo Federal, o que levou a uma menor incidência de casos e também mortes.