Este trabalho objetivou apontar as razões que levam os consumidores a (não) ir ao cinema assistir a filmes. Trabalhos anteriores já foram realizados quanto aquilo que leva o consumidor a ir ao cinema, contudo o mesmo foi executado em um momento pré-pandemia da COVID-19. Realizaram-se quinze entrevistas em profundidade, pautadas em um roteiro semiestruturado com pessoas com idade entre 18 e 58 anos, moradores das cidades de Uberlândia e de Araguari. Os resultados propiciaram a formação de seis categorias de razões pelas quais se vai ao cinema: (i)elementos centrais do cinema (frequência – n=16); (ii)lazer (n=8); (iii)elementos periféricos do cinema (n=7); (iv)Filmes em cartaz (n=7); (v)socialização (n=6); (vi)sentimentos proporcionados pelo cinema (n=5). Nota-se que tais elementos foram observados em trabalho anterior sobre o assunto, contudo notou-se a ausência neste trabalho de categoria que engloba razões atinentes à busca do cinema para o descanso. Os resultados sobre as razões de não se ir ao cinema foram aglutinadas em quatro categorias: (i)preferência por ficar em casa (n=16); (ii)limitações da experiência de se assistir a filmes no cinema (n=12); (iii)limitações de recursos do consumidor (n=8); e (iv)opção de streaming (n=6). O fato de se elencar tais razões de não se ir ao cinema é uma contribuição considerável deste trabalho para a académica. Faz-se também recomendações gerenciais pautadas nos resultados, como, por exemplo, sugerindo uma aproximação, por parte dos exibidores de filme em salas de cinema, da lógica de resolução dos problemas dos consumidores que é utilizada pelas plataformas de streaming.