Nesta pesquisa, busca-se explorar o impacto cultural nas negociações internacionais no contexto da globalização a partir da expansão de empresas multinacionais. À medida que empresas expandem suas operações para além das fronteiras, elas se deparam com desafios culturais significativos. O desafio em relação a barreira cultural é um dos maiores entraves na internacionalização de empresas. A “interculturalidade” emerge como uma possível solução. Autores internacionais como Raúl Fornet-Betancourt (Interculturalidad y Filosofía en América Latina, 2001) e brasileiros como Pedro Jaime de Coelho Júnior (2016), Aline Craide (2011) e Floriano Barboza Silva (2018), debatem o conceito a respeito do fenômeno sociocultural e de comunicação em que duas ou mais culturas interagem em condições de igualdade. Princípios como igualdade cultural e enriquecimento financeiro sustentam essa abordagem. Existem três tipos de interculturalidade de acordo com Catherine Walsh (2010): Relacional; Funcional; Crítica. A valorização da diversidade cultural é fator fundamental para o sucesso nesse cenário complexo que enfrentam empresas multinacionais. Os desafios são muitos como concorrência acirrada nos diversos mercados em que atuam, gestão da cadeia de suprimentos e logística, conformidade com a legislação nacional e internacional além das diferenças legislativas entre os países, variação cambial, constante necessidade de adaptação ou de identificar percepções de qualidade dos consumidores de cada país ou região.