CONTROLE ESTATÍSTICO MULTIVARIADO NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE FLUDESOXIGLICOSE (18F) EM UMA INDÚSTRIA DE RADIOFÁRMACOS

  • Autor
  • Lucas Rodrigues dos Santos Souza
  • Co-autores
  • Cassiano Lino dos Santos Costa , Marina Bicalho Silveira
  • Resumo
  • A produção de radiofármacos como o fludesoxiglicose(18F), denominado 18FDG, é uma atividade que exige rigoroso controle de qualidade e conformidade com normas regulatórias, particularmente com as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Esse rigor é essencial para assegurar a segurança e eficácia dos produtos aplicados em diagnóstico por imagem, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET). A Revisão Periódica da Qualidade do Produto (RQP), exigida pelas autoridades sanitárias, como a ANVISA, tem como objetivo garantir a estabilidade e a reprodutibilidade dos processos produtivos ao longo do tempo. Tradicionalmente, essa revisão se baseia em abordagens univariadas de controle estatístico de processo (USPC), que avaliam separadamente cada parâmetro envolvido. No entanto, esse método pode falhar na detecção de desvios mais sutis ou de padrões complexos, já que desconsidera as correlações existentes entre as variáveis do processo.

    Para superar essas limitações, a indústria farmacêutica tem adotado cada vez mais os princípios da Tecnologia Analítica de Processo (PAT), que envolve ferramentas estatísticas e matemáticas avançadas voltadas ao monitoramento em tempo real e ao entendimento aprofundado do processo. Dentre essas ferramentas, destaca-se o Controle Estatístico Multivariado de Processo (MSPC), que permite a avaliação simultânea de múltiplas variáveis correlacionadas, revelando relações complexas entre os dados que poderiam passar despercebidas em análises convencionais. A Análise de Componentes Principais (PCA) é a técnica central empregada no MSPC, sendo utilizada para a redução da dimensionalidade da matriz de dados e a identificação de padrões, agrupamentos e anomalias a partir da decomposição X = T·PT + E, onde X representa a matriz de dados, T as pontuações (scores), P as cargas (loadings), e E o erro residual.

    Assim, este estudo integra a fase de monitoramento de um projeto mais amplo de implementação da PAT na Unidade de Produção de Radiofármacos (UPPR) do CDTN, com o objetivo de consolidar o MSPC como ferramenta estratégica para a garantia da qualidade e a melhoria contínua da produção de 18FDG. 

    O radionuclídeo [¹?F] foi produzido em um cíclotron PETtrace™ 16,5 MeV (GE Healthcare Technologies, EUA) por meio da reação nuclear ¹?O(p,n)¹?F. A radiossíntese do  18FDG foi conduzida em sintetizadores da GE Healthcare Technologies, modelos FASTlab™ (FASTlab 1 e FASTlab 2). O fracionamento e envase final foram realizados em sistema robótico de dispensação Theodorico™ (Comecer, Itália). O controle de qualidade (QC) incluiu medições em calibrador de dose CRC™-25R (Capintec, EUA), análises em espectrômetro gama HPGe (Canberra, EUA), scanner TLC miniGita™ (Elysia-Raytest, Alemanha), cromatógrafo gasoso Clarus™ 680 GC (Perkin-Elmer, EUA) e medidor de pH SevenEasy™ (Mettler Toledo, Suíça).

    O tratamento e modelagem dos dados foram conduzidos utilizando o software PLS_Toolbox™ 9.5 (Eigenvector Research, EUA), integrado ao ambiente MATLAB™ R2024b (MathWorks, EUA), com suporte do Microsoft Excel™ para organização, filtragem e padronização das planilhas de entrada.

    A abordagem estatística fundamentou-se na Análise de Componentes Principais (PCA), com aplicação do pré-processamento por autoescalamento (mean-centering e divisão pelo desvio padrão), de modo a equalizar a magnitude das variáveis e ressaltar a variabilidade intrínseca do processo. Desse modo, o modelo estatístico foi construído a partir de dados históricos de 2021 e 2022, considerados representativos de condições estáveis de operação, e utilizado para avaliar 99 lotes produzidos em 2024 nos módulos de síntese FASTlab 1 (88 lotes) e FASTlab 2 (11 lotes). O nível de confiança aplicado foi de 95%.

    A avaliação de desempenho e robustez dos modelos foi realizada a partir da inspeção dos escores das componentes principais (PC’s), associada ao monitoramento dos índices estatísticos Hotelling T² e Q Residuals, amplamente reconhecidos como métricas complementares para a detecção de desvios de operação e anomalias em processos multivariados. O gráfico T² avalia a distância da amostra em relação ao centro do modelo, considerando as combinações lineares das componentes principais, enquanto o Q Residual mede a variância residual não explicada pelo modelo — ou seja, desvios fora do espaço estatístico modelado. A análise de contribuição foi aplicada para diagnosticar quais variáveis tiveram maior peso na classificação de cada lote como fora do padrão (outlier) ou ponto de atenção.

    Foram analisadas variáveis de controle de qualidade físico-químico do produto e variáveis operacionais da produção. Entre as variáveis de controle de qualidade físico-químico do produto, estão o pH, a meia-vida física – PHL (min), a pureza radionuclídica – RNP (%), a pureza radioquímica – RCP (%), o etanol – ETH (% p/v), a acetonitrila – ACE (% p/v), a pressão no filtro hidrofílico – ILF (Psi) e a pressão no filtro hidrofóbico – OBF (Psi). No que diz respeito às variáveis operacionais da produção, foram avaliados o tempo de irradiação – TRT (min), a atividade de [¹?F] produzida no cíclotron – ACyclotron (GBq), a atividade de [¹?F] no início da síntese – A??F (MBq), a atividade de 18FDG no final da síntese – A??FDG (MBq), o rendimento da radiossíntese – RCY (%) e a concentração do radiofármaco – CRP (MBq L?¹).

    Dentre os 99 lotes produzidos em 2024 e analisados nos módulos FASTlab 1 e 2, foram identificados dois lotes como outliers com base no gráfico de Hotelling T² por Q Residual: FDG170124 (FASTlab 1) e FDG230124 (FASTlab 2). Para o lote FDG170124, observou-se pelos gráficos de contribuição de Hotelling T² e Q Residual, uma elevação nos parâmetros pH, RCP, ILF e OBF, indicando potenciais alterações na qualidade físico-química e maior resistência nos sistemas de filtração. Enquanto que os valores de PHL, ETH e ACE estavam abaixo do esperado, sugerindo ineficiência na etapa de remoção de solventes. Já o lote FDG230124 apresentou as maiores contribuições negativas nos parâmetros TRT, A??FDG, RCY, pH, RNP e RCP, além de acúmulo de solventes (valores elevados de ETH e ACE), o que indica possível falha combinada na síntese e purificação.

    Além dos outliers, dois outros lotes — FDG150224 (FASTlab 2) e FDG160724 (FASTlab 1) — apresentaram valores elevados em Q Residual, embora não tenham ultrapassado os limites de Hotelling T². O primeiro teve como destaque um valor anormalmente alto de pH e contribuições adicionais de ACE, enquanto o segundo apresentou um conjunto de variações discretas, com pH elevado e reduções em RNP, ILF, OBF e RCY, apontando para oscilações que podem afetar a eficiência do processo e a qualidade final do produto, mesmo sem configurar, estatisticamente, um outlier completo.

    A distinção entre outliers confirmados e pontos fora do padrão parcial reforça a importância de utilizar simultaneamente ferramentas complementares de diagnóstico multivariado. Quando um lote ultrapassa os limites estabelecidos em ambas as métricas (Hotelling T² e Q Residual), a robustez da classificação como atípico é significativamente maior. Por outro lado, desvios observados em apenas uma das métricas devem ser tratados com atenção, mas considerados com menor rigor quanto à sua significância estatística.

    Um aspecto essencial discutido neste estudo é que a classificação estatística como outlier não implica, necessariamente, em inconformidade com as especificações técnicas ou regulatórias do produto. Os resultados obtidos pelo MSPC devem ser interpretados como indicativos de desvios de comportamento em relação ao modelo histórico de normalidade, funcionando como ferramenta de triagem e investigação complementar. A liberação ou rejeição de um lote depende exclusivamente da conformidade com os critérios estabelecidos pelo controle de qualidade físico-químico e radiológico, conforme normas da farmacopeia e regulamentações aplicáveis.

    Além disso, o MSPC se mostrou eficaz como ferramenta diagnóstica e preditiva, capaz de antecipar tendências que poderiam evoluir para não conformidades futuras, contribuindo assim para a melhoria contínua e para o refinamento da gestão da qualidade. Ao promover uma visão integrada do processo, o modelo multivariado auxilia na identificação de variáveis críticas e suas interdependências, permitindo ajustes mais assertivos e estratégias de controle mais eficazes.

    Este trabalho reforça a relevância do uso de ferramentas de quimiometria — tradicionalmente aplicadas na química analítica — em contextos de engenharia de processos farmacêuticos, evidenciando o potencial da PAT como abordagem moderna e necessária para ambientes produtivos de alta complexidade. A estruturação do MSPC em fases bem definidas (Fase I – modelagem e estabilização; Fase II – monitoramento e controle) também contribui para sua adaptação gradual às rotinas produtivas, possibilitando que análises on-line ou em tempo quase real sejam implementadas futuramente, conforme avançam as capacidades tecnológicas e de integração de dados na planta.

     

    Conclui-se que a implementação do MSPC para o monitoramento da produção de 18FDG na UPPR/CDTN é uma estratégia promissora para aumentar a rastreabilidade, consistência e robustez do processo, alinhando-se aos princípios da PAT e às exigências das BPF. O modelo desenvolvido oferece uma base sólida para futuras extensões do projeto, incluindo a expansão para outros radiofármacos, a integração com sistemas automatizados de aquisição de dados e a adoção de rotinas de controle multivariado em tempo real. Dessa forma, o estudo contribui não apenas para a segurança e qualidade dos produtos fabricados, mas também para o avanço da cultura analítica e estatística no ambiente da produção farmacêutica nuclear no Brasil.

  • Palavras-chave
  • Tecnologia Analítica de Processo, Controle Estatístico Multivariado de Processo, radiofármaco
  • Área Temática
  • Química Analítica (ANA)
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 O 37º Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – Minas Gerais (37º ERSBQ-MG) foi realizado entre os dias 05 e 07 de outubro de 2025, na histórica cidade de Ouro Preto, Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. 

A programação diversificada do evento contou com 2 conferências,  7 mesas-redondas9 minicursos16 sessões temáticas. Ao todo, foram apresentados 503 trabalhos científicos, em sessões de comunicação oral e de pôsteres. Esses números demonstram o impacto e a relevância do ERSBQ-MG como um espaço para a divulgação e a valorização da produção científica e tecnológica.

Este ano, o tema "A Química em um Mundo em Transformação" nos convida a refletir sobre o papel fundamental da Química nas rápidas mudanças que moldam nossa sociedade, desde as inovações tecnológicas até os desafios ambientais e sociais, da ciência exploratória à mais aplicada as industrias. Queremos promover discussões que inspirem soluções criativas e sustentáveis, destacando como nossa área de atuação pode ser um catalisador para um futuro mais equilibrado e inclusivo.

Os trabalhos reunidos neste volume dos Anais do 37º ERSBQ-MG representam o compromisso da comunidade científica com o desenvolvimento sustentável e o progresso da sociedade a partir dos conhecimentos químicos. Os resumos refletem a diversidade e a profundidade das pesquisas realizadas em Minas Gerais, contribuindo para o avanço da química como ciência essencial ao entendimento e transformação do mundo.

Agradecemos a todos os participantes, autores, palestrantes, organizadores, patrocinadores e parceiros que tornaram esta edição um marco na trajetória do ERSBQ-MG. Desejamos uma leitura enriquecedora e inspiradora! 

Informações gerais

 

O evento utilizará o formato de Resumo Expandido, que deve ser enviado em .pdf, seguindo o modelo fornecido na aba “Submissões”. Devem ser mantidos os tipos e tamanhos de fonte especificados no template, sendo possível incluir tabelas, gráficos e estruturas.

Cada inscrição permite a submissão de até dois trabalhos, que podem ser redigidos em português ou inglês. A produção de resumos, pôsteres e slides em língua inglesa é uma recomendação da diretoria e do conselho consultivo da SBQ, visando à internacionalização do evento.

Em nenhuma situação haverá reembolso da taxa de inscrição, a menos que seja solicitado em até sete dias após o pagamento.

Para apresentar o(s) trabalho(s), pelo menos um dos autores deve estar inscrito no evento.

A Comissão Científica definirá se os trabalhos aceitos serão apresentados na forma Oral (no máximo 160 trabalhos) ou Pôster. Resumos que não seguirem o padrão estabelecido serão desconsiderados.

O autor que submeter o trabalho deverá preencher todos os campos do formulário de submissão on-line, disponível na aba “Submissões”, responsabilizando-se por todas as informações fornecidas e garantindo o consentimento dos coautores.

 

Avaliação dos trabalhos

Cada trabalho submetido será analisado por, no mínimo, dois avaliadores ad hoc.

O resultado da avaliação, conduzida pelo Comitê Científico, será divulgado conforme o cronograma oficial.

Os trabalhos receberão um dos seguintes pareceres: “Aprovado”, “Aprovado com ressalvas” ou “Recusado”. Não serão permitidas modificações nos trabalhos após a divulgação dos resultados, seja em caso de aprovação ou recusa, em virtude do calendário estabelecido pela comissão.

Após a decisão da Comissão Científica, não haverá possibilidade de recurso por parte dos autores.

 

Instruções e informações sobre a apresentação dos trabalhos

  • No dia e horário definidos para a apresentação (oral ou pôster), é obrigatória a presença de pelo menos um dos autores inscritos no evento, a fim de esclarecer dúvidas ou responder comentários dos avaliadores e participantes.

  • Apresentações Orais: O apresentador terá acesso a Datashow e computador, dispondo de até 15 minutos para exposição do trabalho, mais 3 minutos para perguntas do público. As apresentações devem ser entregues em formato digital ao membro da comissão de apoio do evento (responsável pela sala), 15 minutos antes do início da sessão. Recomenda-se o uso dos formatos .pdf, .ppt, .pptx, .pps ou .odp. Os slides devem ser legíveis e com fundo claro. A comissão organizadora não se responsabiliza por arquivos danificados ou corrompidos.

  • Apresentações em Pôster: A disposição dos painéis obedecerá à numeração fornecida pela comissão científica (verifique o código do seu trabalho). O pôster deve ser fixado 30 minutos antes do início da apresentação e permanecer exposto até o seu término. O horário de apresentação é previamente estabelecido e divulgado tanto no site do evento quanto na programação oficial. Pelo menos um dos autores inscritos deve estar presente junto ao pôster no horário marcado para a apresentação. Caso o apresentador não se encontre no local no momento estipulado, a comissão científica poderá optar por não emitir o certificado de apresentação. O pôster deve ter dimensões máximas de 90 cm de largura e 120 cm de comprimento, devendo ser confeccionado com suporte (corda) para fixação. O título exibido deve ser o mesmo do trabalho aprovado.

  • Cada trabalho apresentado receberá um certificado, contendo o título do trabalho, os nomes de todos os autores e a categoria na qual foi apresentado (oral ou pôster), no prazo de até 30 dias após o término do evento.

  • Durante as apresentações (orais e pôster), a Comissão Científica concederá certificados de Honra ao Mérito aos melhores trabalhos. Para tanto, constituir-se-á uma comissão julgadora responsável pela seleção dos trabalhos premiados.

  • Química ambiental ((AMB)
  • Alimentos e Bebidas (BEA)
  • Catálise (CAT)
  • Eletroquímica e Eletroanalítica (ELE)
  • Ensino de Química (EDU)
  • Físico-Química (FIS)
  • Fotoquímica (FOT)
  • História da Química (HIS)
  • Produtos Naturais (QPN)
  • Química Analítica (ANA)
  • Química Biológica (BIO)
  • Química de Materiais (MAT)
  • Química Inorgânica (INO)
  • Química Medicinal (MED)
  • Química Orgânica (ORG)
  • Química Tecnológica (TEC)
  • Química Teórica (TEO)
  • Química Verde (QVE)

Comissão Científica

Prof. Dr. Jason Guy Taylor (ORG)  - Presidente

Prof. Dr. Ricardo (BEA, QPN)

Prof. Dra. Emanueli do Nascimento da Silva (BEA, ANA)

Prof. Dra. Clarissa (HIS, EDU)

Prof. Dr. Humberto Fajardo (CAT)

Prof. Dra. Kelly Rocha (CAT)

Prof. Dra. Camila Grossi (CAT)

Prof. Dra. Andréa (QPN)

Prof. Dr. Marcus Vinícius (MED, FIS, BIO)

Prof. Dra. Ângela (MED, MAT)

Prof. Dra. Melissa (MED, TEO)

Prof. Dra. Dalila (ELE, TEC)

Prof. Dra. Aline G O Paranhos (AMB, ANA)

Prof. Dra. Camila de Paula (AMB, ANA)

Prof. Dra. Liliane Catone Soares (AMB, QVE)

Prof. Dr. Sérgio F. Aquino (AMB, TEC)

Prof. Dra. Louise (AMB, ANA)

Prof. Dra. Ana Carolina (EDU)

Prof. Dr. Gilmar (EDU)

Prof. Dra. Nilmara (EDU)

Prof. Dr. Leandro (TEC, FIS)

Prof. Dr. Gabriel Max (FIS, MAT)

Prof. Dra. Kisla (FIS, MAT)

Prof.. Dr. Rodrigo S. Correa (INO, FOT)

Profa. Flaviane Francisco Hilário (ORG)

 

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Adilson Cândido da Silva - Presidente

Profa. Dra. Aline Gomes de Oliveira Paranhos - Vice presidente

Profa. Dra. Ana Carolina Gomes Miranda

Profa. Dra. Andréa Mendes do Nascimento

Profa. Dra. Camila Cristina Almeida de Paula

Prof. Dr. Claudio Gouvea dos Santos

Profa. Dra. Emanueli do Nascimento da Silva

Prof. Dr. Humberto Vieira Fajardo

Profa. Dra. Louise Aparecida Mendes

Profa. Dr. Marcelo Gomes Speziali

Profa. Dra. Melissa Soares Caetano

Prof. Dr. Marcelo Gonçalves Rosmaninho

Prof. Dr. Thiago Belarmino de Souza

 

ersbq2025@ufop.edu.br

ersbqmg

https://www.instagram.com/ersbqmg/?hl=en

Programação detalhada

 

Durante o 37º Encontro da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), que ocorrerá em Ouro Preto em 2025, será realizada uma reunião de assembleia da regional com o objetivo de discutir pautas estratégicas para o desenvolvimento da química no estado. A reunião contará com a participação de membros da SBQ-MG, abordando temas como planejamento de atividades, fortalecimento da comunidade científica, parcerias institucionais e iniciativas para a divulgação e valorização da química. Todos os associados estão convidados a contribuir com sugestões e deliberações que impactarão as futuras ações da regional.

 

Conferência de aberturaRotas catalíticas para valorização de CO2 e produção de combustíveis sustentáveis (Dra. Liane Rossi, USP)

Frear as mudanças climáticas é um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade. A solução exige transformações profundas no setor energético e em políticas governamentais. Embora a correlação entre o aquecimento global e os gases de efeito estufa está bem estabelecida, as emissões desses gases continuam crescendo exponencialmente, apesar dos diversos tratados climáticos internacionais. A captura e uso de CO? como fonte de carbono, juntamente com H? renovável, para sintetizar combustíveis e produtos químicos de valor agregado é uma rota promissora para mitigar as emissões de CO? por meio de estratégias de captura e utilização de carbono (CCU). Embora a hidrogenação de CO? seja desafiadora, avanços consideráveis foram alcançados na síntese de metanol (CH?OH). Além de ser um intermediário químico importante, possui alta densidade energética e pode ser considerado um vetor de energia renovável. A síntese de moléculas com dois ou mais átomos de carbono (C2+), como parafinas, olefinas e oxigenados, possuem maior valor econômico e densidade energética do que os produtos C1. No entanto, a reação de acoplamento C–C é difícil de controlar, e a seletividade da reação continua sendo um grande desafio no desenvolvimento de catalisadores para a síntese de moléculas de cadeia hidrocarbônica na faixa de interesse para combustíveis. Nesta palestra, iremos abordar as rotas catalíticas em estudo para a conversão de CO2, bem como uma visão geral da síntese de metanol e do merco emergente de metanol verde.

 

Conferência de encerramento: Dr. Carlos A. L. Filgueiras, UFMG  

D. Pedro II e a Química

O ano de 2025 assinala o bicentenário de nascimento do Imperador D. Pedro II (1825-1891), nascido no Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1825. Ninguém esteve ou provavelmente estará à frente do país por tanto tempo, 49 anos, em seu caso de 1840 até 1889. Não só aquele largo período presenciou muitos e importantes desenvolvimentos no Brasil com relação à ciência, seu cultivo e aplicações, como tivemos à frente do país um governante profundamente empenhado nesse processo. A Química foi uma de suas ciências de predileção, e o imperador mantinha um laboratório e recebia e lia periódicos científicos de todo o mundo. Além disso, sua correspondência constante e contatos frequentes com inúmeros cientistas brasileiros e estrangeiros, assim como suas relações com as mais importantes instituições científicas do mundo, tornam o imperador uma figura única entre os chefes de estado do século XIX. Por tudo isso é conveniente neste ano emblemático revisitar as relações tão singulares de D. Pedro II e a ciência, e em particular a Química.

 

Mesas redondas

Ensino em tempos de rede social

A mesa redonda reunirá os professores Dra. Juliana Fedoce Lopes (UNIFEI), Dr. Sérgio Scherrer Thomasi (UFLA) e Dra. Ana Paula de Carvalho Teixeira (UFMG) para discutir o impacto das redes sociais no ensino de química e estratégias para engajar jovens no aprendizado científico. O debate abordará como plataformas como Instagram, TikTok e YouTube podem ser utilizadas para tornar o ensino mais dinâmico, atraente e acessível, explorando exemplos práticos de divulgação científica, ensino híbrido e ferramentas interativas.

Além disso, serão discutidos desafios como a disseminação de desinformação e a adaptação do papel do professor nesse novo cenário digital. Pretendemos promover uma reflexão sobre como os educadores podem aproveitar o potencial das redes sociais para despertar o interesse dos estudantes e fortalecer a conexão entre ensino formal e cultura digital.

Dr. Sérgio Scherrer Thomasi

UFLA

Dra. Juliana Fedoce Lopes

UNIFEI

Dra. Ana Paula de Carvalho Teixeira

UFMG

 

Energias renováveis: Do hidrogênio verde ao aproveitamento da luz solar

As mudanças climáticas, evidenciadas por desastres como o ocorrido no Rio Grande do Sul no ano passado e, mais recentemente, por ondas de calor no sul e chuvas intensas no nordeste, são intensificadas pelo uso contínuo de combustíveis fósseis, principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa. O Brasil, com sua abundância de recursos naturais, dispõe de fontes limpas, como hidrelétricas, energia eólica e solar, que, embora promissoras, ainda enfrentam limitações pela intermitência dos fatores climáticos e geográficos. Neste sentido, o hidrogênio desponta como uma alternativa atrativa por possuir densidade energética cerca de três vezes superior à da gasolina e emitir apenas vapor d’água quando utilizado como combustível. No entanto, desafios como seu baixo ponto de ebulição, baixa densidade e alta inflamabilidade dificultam o armazenamento, transporte e uso seguro. Nesse contexto, a química contribui com estratégias, como o armazenamento em hidretos complexos e ácido fórmico, liberando gás hidrogênio por processos catalíticos sob condições brandas. Portanto, essa mesa-redonda discutirá soluções e formas viáveis de adoção do hidrogênio como combustível sustentável.

Dr. Antônio Otávio

UFU

Dra. Renata Moreira

UFV

Dr. Diego Bagnis

ONINN

 

Inteligência artificial

A mesa redonda se propõe a discutir a interação entre Inteligência Artificial (IA) e Química, traçando um panorama desde as primeiras aplicações até os avanços recentes com modelos generativos. O debate abordará como a IA tem revolucionado a pesquisa e o ensino na área, desde a predição de propriedades moleculares e otimização de reações químicas até a criação de novos materiais e fármacos. Serão discutidos exemplos de como modelos generativos, como GPT e redes neurais, estão sendo utilizados para acelerar descobertas científicas, simular experimentos e personalizar o aprendizado em química

Dr. Jadson Castro Gertrudes

UFOP

Dr. Vinícius Matarollo

UFMG

Me. Angelo Lucas Sobrinho

UFOP

 

Inovação e Tecnologia

A discussão abordará temas estratégicos como novas oportunidades de carreira para os atuais e futuros químicos, transferência de tecnologia, empreendedorismo científico, patentes e propriedade intelectual, sustentabilidade e novas fronteiras da química aplicada. Além disso, serão exploradas iniciativas que impulsionam a inovação no setor, incluindo colaborações universidade-empresa, políticas públicas de fomento à pesquisa e o papel das startups na transformação do conhecimento científico em soluções tecnológicas viáveis. A mesa proporcionará um espaço para troca de experiências e reflexões sobre o futuro da química no Brasil e no mundo. Essa será uma excelente oportunidade para ampliar a visão sobre inovação e identificar caminhos para a valorização da pesquisa química como motor do desenvolvimento econômico e tecnológico. Como a inovação está contribuindo para a química em um mundo em transformação?

Dr. Paulo Afonso Granjeiro

UFSJ

Dr. Rochel Montero Lago

UFMG

Dra. Poliane Chagas Lago

NANONIB

 

Linguagem e discurso no ensino de química/ciências

Neste encontro, discutiremos as complexidades do uso da linguagem no contexto educacional, com foco nas salas de aula de ensino fundamental e médio, e suas implicações para o ensino superior. A partir de uma análise crítica das linguagens sociais, abordaremos como as diferentes formas de linguagem – científica e cotidiana – interagem e influenciam a aprendizagem dos alunos, especialmente nas disciplinas de ciências, como a Química. A mesa também examinará a relevância da Análise do Discurso de linha francesa, que enfoca a linguagem como um processo de mediação entre o sujeito e a realidade. Discutiremos como essa abordagem pode revelar as contradições presentes no discurso educacional, especialmente no que se refere à autoridade e ao diálogo em sala de aula, elementos fundamentais para a dinâmica de ensino no ensino superior. A proposta é refletir sobre o papel da linguagem como ferramenta de construção de sentidos e significados, e como a configuração política da linguagem impacta o ensino e a aprendizagem. Com isso, esperamos fomentar um debate enriquecedor sobre os desafios e as possibilidades da educação no ensino superior, considerando as tensões e as transformações que a linguagem impõe às práticas pedagógicas contemporâneas.

Dr. Eduardo Fleury Mortimer

UFMG

Dra. Cristhiane Carneiro Cunha Flôr

UFJF

Dra. Clarissa Rodrigues

UFOP

 

Desafios e Oportunidades da Pós-Graduação Além da Universidade: Um Estudo de Caso no Agronegócio

A pesquisa acadêmica tem um impacto direto no setor produtivo, e a agroquímica é um ótimo exemplo de como a conexão entre teoria e experimento pode levar a soluções inovadoras. A contaminação por agroquímicos ainda é um problema frequente, o que torna essencial o desenvolvimento de compostos mais seletivos e eficientes, capazes de minimizar danos ao meio ambiente e à saúde. Nesta apresentação, exploramos como ferramentas avançadas de modelagem molecular, como dinâmica molecular e Teoria do Funcional da Densidade (TFD), ajudam a entender melhor as interações entre agroquímicos – como o glifosato e compostos organoestânicos – e as enzimas-alvo. Além disso, mostramos como a combinação de cálculos computacionais e experimentos pode contribuir para investigar os mecanismos de ação dessas substâncias, abrindo caminho para o desenvolvimento de agroquímicos mais seguros e eficientes. Também destacamos a importância da pós-graduação na aplicação do conhecimento acadêmico no setor produtivo. A integração entre pesquisa e inovação não só impulsiona avanços científicos, mas também podem promover um agronegócio mais sustentável. Esse diálogo entre ciência e indústria é essencial para criar soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a economia.

Dr. Teodorico C. Ramalho

UFLA

Dra. Regiane Rios

Cromatográfica

Dr. Davyston Pedersoli

Nanofood

 

Increasing equity in science

The world of research and higher education brings together communities affluent in diversity—gender, background, social status, nationality… This diversity is one of its greatest strengths. However, to fully benefit from it, we must recognize and overcome the cognitive, cultural, and methodological biases that can influence both our daily interactions and the way knowledge is produced.

This round table invites a collective reflection on the barriers and enablers of equality and equity in science through four key topics:

1. Disability: accommodations, accessibility, communication, real inclusion of students and researchers

2. Diversity and Inclusion: multiculturalism, gender equality, language barriers, inspiring models

3. Returning after Extended Leave: maternity leave, illness, etc. — how can we better support academic and research careers?

4. Career and Promotion: mentoring, systemic bias, visibility

What role can institutions and their members play in addressing structural inequalities?

Faculty and researchers from Université Paris-Saclay will share their reflections and experiences on equity in science in an open and participatory discussion. Let’s imagine together a research environment that is more inclusive, more equitable, and more representative of real-world diversity.

Dr. Delphine Joseph

Université Paris-Saclay

Dr. Xavier Moreau

Université Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines

Damien Prim

Université de Versailles-Saint-Quentin-en-Yvelines

Dra. Anne Goucher

Université Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines

 

 

Minicursos

 

Como Identificar e Quantificar Compostos com Chenomx NMR Suite em Espectros de RMN de 1H?

Explore o poder da Ressonância Magnética Nuclear na elucidação de metabólitos! Neste minicurso prático, você aprenderá a utilizar o Chenomx NMR Suite e suas ferramentas avançadas para identificar e quantificar compostos em espectros de RMN de 1H. Descubra como processar espectros com o módulo Processor, explorar a identificação de compostos com o Chenomx Profiler e transformar dados espectrais em informações químicas valiosas por meio do binning. Do processamento básico à análise quimiométrica, você terá contato com as principais ferramentas para aplicar esses conhecimentos em seus próprios projetos de pesquisa.

Dr. Alan Rodrigues Teixeira Machado

UEMG

 

A Química na Ouro Preto Colonial

A Química, ciência central, sempre atraiu a atenção dos diferentes grupos humanos. Sendo ela o corpo de conhecimentos, teóricos ou práticos, que busca compreender e atuar nas transformações da matéria, quaisquer que sejam, é enorme a atração que exerce em todas as sociedades. Se nos despirmos de preconceitos acadêmicos da atualidade, podemos desvendar um panorama abrangente, em que conhecimentos teóricos e práticos se entrelaçam na busca de objetivos os mais variados. Assim ocorreu na antiga Vila Rica do século XVIII. A Química esteve sempre presente naquela sociedade, e o exame dos documentos disponíveis nos revela um ambiente fascinante de busca e aplicação de conhecimento químico, com protagonistas muitas vezes de alto nível, não obstante tantos empecilhos e dificuldades inerentes ao meio em que isso se desenvolveu.

Dr. Carlos A. L. Filgueiras

UFMG

 

Espectroscopia de Ressonância Paramagnética Eletrônica (EPR): Princípios e Aplicações na Campo da Química

Este minicurso tem como objetivo introduzir os fundamentos da Espectroscopia de Ressonância Paramagnética Eletrônica (EPR), uma técnica poderosa para a detecção e caracterização de espécies paramagnéticas, como radicais livres e íons metálicos de transição. Serão abordados os princípios básicos da técnica e como a EPR é empregada na química para estudar mecanismos de reação, estrutura eletrônica de complexos metálicos, estabilidade de radicais e processos catalíticos. Serão apresentados exemplos práticos de aplicações na química inorgânica, orgânica e bioquímica, destacando sua relevância para o desenvolvimento de novos materiais e processos químicos.

Dr. José Balena Gabriel

EMBRAPA -São Carlos

 

A espectrometria de massas e suas aplicações forenses

O minicurso será ministrado em duas aulas, totalizando 4 horas de duração. Na primeira aula abordaremos conceitos fundamentais da espectrometria de massas: princípios físicos, estrutura de um espectrômetro de massas, fontes de ionização, analisadores de massas e interpretação de espectros. Na segunda aula discutiremos aplicações da técnica na esfera forense: análise de drogas de abuso e falsificações de bebidas, perfumes, cigarros, documentos, dentre outras possibilidades.

Dr.Camila de Paula

UFOP

 

Química Medicinal: Fundamentos e Aplicações na Descoberta de Fármaco

A Química Medicinal é uma área interdisciplinar essencial para o desenvolvimento de novos fármacos, combinando conceitos de química, bioquímica e farmacologia. Pequenas modificações na estrutura molecular podem levar a mudanças significativas em suas propriedades biológicas, permitindo a otimização da atividade terapêutica. Neste minicurso, abordaremos os fundamentos da descoberta e otimização de fármacos, desde a relação estrutura-atividade até a modelagem molecular e a análise farmacocinética. Serão discutidos conceitos como QSAR (Quantitative structure–activity relationship), docagem molecular, metabolismo de fármacos (ADME-Tox) e estratégias modernas de descoberta, incluindo “drug repurposing” e aprendizado de máquina. Além da teoria, exploraremos exemplos de novas terapias, desafios e tendências da indústria farmacêutica, proporcionando uma visão abrangente e aplicada da Química Medicinal. Ao final, os participantes terão um maior conhecimento sobre essa área fascinante e suas aplicações no desenvolvimento de fármacos.

 

Bioinformática e análise de dados de sequenciamento

A bioinformática é uma área interdisciplinar que integra conhecimentos de biologia, química, ciência da computação e estatística para analisar e interpretar dados biológicos. Com o avanço das tecnologias de sequenciamento de DNA, RNA e proteínas, a bioinformática tem se tornado essencial para processar e extrair informações relevantes desses dados. Quando aplicada à química, a bioinformática permite explorar questões relacionadas à estrutura, função e interação de moléculas biológicas, como proteínas, enzimas e metabólitos, abrindo caminho para descobertas em diversos campos. O minicurso tem como objetivo apresentar os fundamentos da bioinformática, com foco no processamento e análise de dados de sequenciamento e suas aplicações em organismos. Serão abordadas desde as etapas básicas de análise de dados genômicos até aplicações específicas, como a predição de estruturas proteicas, o estudo de vias metabólicas e aplicação.

Dr. Eulálio Gutemberg dos Santos

UFV

 

Inovação e Energia: Da Luz à Eletricidade, Polímeros Condutores Nanoestruturados para uma Transição Energética Justa

Nesse minicurso o pré requisito  é estar atento às mudanças climáticas e as novas tendências de descarbonização e  novação! As mudanças climáticas se constituem em um desafio de escala global em várias perspectivas, cujo enfrentamento exige, de todos, a construção de soluções em um contexto de turbulência e incerteza, o que gera um cenário de alta complexidade.

Inicialmente o ouvinte irá saber a respeito da Matriz energética e elétrica no Brasil e no mundo; sistemas eólicos e fotovoltaicos instalados e potenciais de ampliação no Brasil. Em seguido serão convidados a refletir a respeito de qual é a energia mais barata do mundo; sendo convidado à uma incrível viagem pelo mundo dos polímeros conjugados e materiais híbridos nanoestruturados contendo grafeno e nanotubos de carbono para aplicação em células solares orgânicas, dispositivos flexíveis, de mais baixo custo e que operam com uma fonte de energia renovável

Dra. Hallen Daniel Rezende

UFMG

 

Espectrometria de massas e as novas fronteiras da bioanalítica: tendências, desafios e perspectivas

A espectrometrias de massas com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) é uma poderosa ferramenta analítica para quantificação de metais traço em amostras ambientais, alimentos, tecnológicas etc. Embora o conhecimento do teor total de elementos químicos seja de extrema importância, esse dado pode não trazer consigo informações relevantes do ponto de vista biológico. Para tanto, faz-se necessário expandir o escopo de aplicação da técnica para explorar novos horizontes de pesquisa em áreas como a bioanalítica. Nesse contexto, têm-se desenvolvido novas estratégias analíticas como single-particle-ICP-MS e single cell-ICP-MS que possibilitam realizar estudos envolvendo nanopartículas (NP) e a determinação de metais no ambiente intracelular. Essas estratégias abrem novas frentes de pesquisa como a nanotecnologia aplicada em sistemas biológicos reposicionando a ICP-MS na fronteira do desenvolvimento científico. O minicurso abordará aspectos técnicos bem como a aplicação do ICP-MS nos mais recentes avanços da bioanalítica considerando a caracterização de NPs, estudos de single cell-ICP-MS e especiação química.

Dr. Jefersson Rodrigues de Souza

UENF

 

XCiência: Criando e compartilhando recursos para o ensino de Química

O Xciência é um projeto em que diversos tipos de recursos didáticos para o ensino de Química são elaborados e compartilhados com professores, tanto online (no site xciencia.org) como em um sistema de empréstimo de kits. Neste minicurso iremos discutir estratégias para a elaboração e o uso de recursos didáticos para o ensino de Química. O objetivo é que os participantes ganhem experiência com o uso de recursos didáticos diversos, e vislumbrem possibilidades para a criação de novos recursos. Trataremos da produção de kits para a experimentação em Química, com foco no uso de materiais acessíveis, de baixo custo e de baixa toxicidade. O papel do experimento e como ele pode ser inserido em diversos tipos de abordagens será discutido com os participantes.

A criação e o uso de modelos e outros materiais que podem ser manipulados pelos estudantes também será trabalhada. Mostraremos diversos exemplos produzidos usando a impressão 3D e o corte a laser e como eles podem ser aplicados em sala de aula.

Dr. Gilmar Pereira de Souza

UFOP

Dr. Alfredo Luis Mateus

COLTEC-UFMG

 

I Mostra de Ciência com a Escola

A I Mostra de Ciência com a Escola será realizada nos dias 06 e 07 de outubro de 2025. Essa mostra contará com diferentes experimentos destinados a crianças e adolescentes, estudantes da rede estadual de escolas de Ouro Preto, Minas Gerais. Ela será organizada por docentes do Departamento de Química da Universidade Federal de Ouro Preto (DEQUI-UFOP), estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE-UFOP) e discentes do Curso de Química Licenciatura da UFOP. As atividades dizem respeito à realização de experimentos de natureza investigativa, conduzidos de acordo com o nível cognitivo do público-alvo.

 

 

 

 

 

 

Este foi o trigésimo sétimo Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química- Minas Gerais, portanto um evento histórico. Este evento regional, já consagrado, é considerado um dos encontros regionais brasileiros que mais reúne participantes da área de Química e afins. Fato este é comprovado pelos últimos encontros, os quais reuniram cerca de 900 participantes em cada um. Este evento vem sendo realizado desde 1987 e, a cada ano, Instituições do estado de Minas Gerais se responsabilizam pela organização: UFMG (1987, 1988, 1994, 2001, 2008), UFMG/CEFET-MG (2015), UFJF (1989, 1995, 2003, 2009), UFV (1990, 1996, 2002, 2010), UFOP (1991, 1998, 2005, 2012), UFSJ (1992, 1999, 2006), UFU (1993, 2000, 2007), UFLA (1997, 2004, 2011), Unifal (2014), UFMG (2015), UFU (2016), UFJF (2018), UFTM (2019), UFMG (2022), UFLA (2023), UFVJM (2024) e UFOP (2025).