RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGUDA NA PROLE EM FUNÇÃO DA INGESTÃO DE DIETA OCIDENTALIZADA POR RATAS DO PERÍODO DE PRÉ-CONCEPÇÃO ATÉ A LACTAÇÃO.

  • Autor
  • Nathalia Caroline de Oliveira Melo
  • Co-autores
  • Rayanne Cybelly Silva Monteiro
  • Resumo
  • Resumo: A dieta é um dos fatores mais determinantes do estado de saúde dos indivíduos. Para além dessa condição, as respostas do organismo aos estados patológicos e fármacos também dependem do estado nutricional. E, cada vez mais a ciência comprova que o estado nutricional e/ou a alimentação materna no período de concepção e após o parto (lactação) influenciam em longo prazo não apenas na saúde dos seus descendentes, mas também na resposta fisiológica a tratamentos com fármacos e a estados patológicos. Diante dessas evidências, o estudo teve como objetivo avaliar a resposta inflamatória e ação farmacológica da nimesulida em filhotes machos descendentes de mães alimentadas com dieta ocidentalizada do período pré-gestacional até o final da lactação. Para o alcance dos objetivos foram formados inicialmente 2 grupos de ratas em função da dieta ofertada (dieta controle e ocidentalizada do período pré-conceptivo até gestação) e 3 grupos na lactação assim denominados: Grupo controle (GC,n=6) alimentados com dieta comercial padrão de biotério; Grupo com dieta ocidentalizada do período pré-gestacional até gestação (GOg, n=6) e Grupo com dieta ocidentalizada do período pré-gestacional até a lactação (GOgl, n=6). Nas ratas foram acompanhadas a evolução ponderal, o consumo alimentar e a glicemia de jejum do período pré-gestacional até ao fim da lactação. Após o desmame, todos os filhotes receberam dieta padrão de biotério e foram acompanhados até a idade de 60-63 dias de vida. Os grupos de filhotes seguiram a mesma denominação dos grupos maternos, formando o GCf (filhotes controle, n=12), GOgf (filhotes ocidentalizado gestação, n=12) e GOglf (filhotes ocidentalizado gestação e lactação, n=12). O estudo recebeu aprovação do Comité de ética sob o protocolo n.0034/2016 e foram acompanhados: crescimento corporal e medidas somáticas, dados bioquímicos e a resposta inflamatória frente à ação da carregenina e do fármaco nimesulida. Para análise estatística foram utilizados os testes de normalidade de Kolmogorv Smirnov, teste “t” de Student, análise de variância Anova one-way e two-way, seguidos do pós-teste de Tukey. Considerada a significância de 5%. Como resultados, verificamos que o peso corporal não foi alterado ao nascimento, mas, aos 60 dias de vida, os grupos oriundos de mães alimentadas com dieta ocidentalizada eram 11% mais pesados que os controles (GCf=258,9±26,0g; GOgf=294,9±8,2g; GOglf=291,1±21,2g. p<0,01). Os grupos oriundos de mães com dieta ocidentalizada também exibiam maior comprimento corporal e circunferência abdominal, mas sem diferenças no IMC. O GOglf também mostrou hiperfagia com consumo de alimento 20% maior que os demais grupos, alterada resposta bioquímica e uma resposta inflamatória à carregenina um pouco mais elevada, mas com ação de inibição da nimesulida semelhante entre os grupos ocidentalizados. O exposto nos permite concluir que a resposta inflamatória da prole oriunda de mães alimentadas com dieta ocidentalizada desde o período pré-conceptivo até o nascimento ou até a lactação é alterada de forma semelhante.

  • Palavras-chave
  • dieta ocidental, gestação, lactação, prole, inflamação
  • Área Temática
  • Nutrição Clinica
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