A Paralisia Cerebral caracteriza-se como grupo de síndromes motoras ocasionadas por lesões cerebrais durante seu desenvolvimento, causando complexas alterações no paciente como limitações funcionais, acometendo estado físico, clínico e mental levando a déficits de crescimento e nutricionais. O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional e consumo alimentar de indivíduos com paralisia cerebral em Teresina, PI. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa-UNIFSA, conforme Resolução 466/12 Conselho Nacional de Saúde, com número de parecer: 2.554.515. Avaliaram-se 12 crianças e adolescentes com paralisia cerebral de 7 a 20 anos de idade, de instituição filantrópica em Teresina, PI. A análise de dados foi realizada de forma descritiva através de médias e frequências simples. Dos 12 avaliados 66,67% (n=8) são do sexo feminino e 33,33% (n=4) do sexo masculino. A média de idade do sexo feminino foi 14 anos; do sexo masculino foi 12 anos. Aplicou-se Recordatório Alimentar de 24 horas para investigar consumo alimentar. Realizou-se avaliação antropométrica para obtenção de peso, altura, dobra cutânea tricipital, circunferência do braço. Classificou-se o estado nutricional pelos índices antropométricos P/I, E/I e IMC/I, segundo Organização Mundial da Saúde. Avaliaram-se calorias, carboidratos, proteína, lipídeos, vitaminas e minerais. Utilizou-se a Dietary Reference Intakes (Ingestão Dietética de Referência)- DRIS como padrão de referência de ingestão adequada para os micronutrientes investigados. Os avaliados apresentam déficit nutricional pelo Ínice de Massa Corporal; Peso/Idade e Estatura/Idade estão adequados. A maioria dos homens segundo Prega Cutânea Tricipital têm maior adiposidade em relação a mulheres. Depleção de massa muscular foi predominante. Observou-se baixo padrão alimentar dos nutrientes avaliados, acarretando déficits nutricionais. Conclui-se que indivíduos com paralisia cerebral têm déficit nutricional e baixa ingestão alimentar.
Comissão Organizadora
Fabio Bruno Neves
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