Introdução: O alfa-tocoferol, é um micronutriente lipossolúvel de extrema importância aos estágios iniciais da vida, pois atua na defesa contra a toxicidade do oxigênio no ambiente extrauterino e apresenta restrita transferência placentária para o feto durante o período gestacional. A sua ingestão, através do leite materno representa uma importante forma de suprir o recém-nascido com uma essencial defesa antioxidante e estimular o desenvolvimento do sistema imune, além de protege-lo do desenvolvimento dos sinais e sintomas relacionados à sua deficiência, como: anemia hemolítica, displasia broncopulmonar, disfunções neurológicas e o aumento da mortalidade neonatal. Algumas mulheres não podem/conseguem amamentar, entre os motivos estão a presença de certas condições, como infecção pelo vírus HIV, ou o uso de quimioterápicos para tratamento de câncer, mas também tem aquelas que simplesmente não conseguem levar o aleitamento adiante. Nesses contextos, as fórmulas infantis, surgem como solução para nutrir os recém-nascidos. Dessa forma se torna essencial verificar os valores dessa vitamina fornecido tanto pelas fórmulas como pelo leite materno para atender, assim, os requerimento nutricional do récem-nascido para esse micronutriente. Objetivo: Verificar se o leite materno e as fórmulas infantis suprem as necessidades nutricionais de vitamina E ao récem-nascido. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliografica narrativa, feita na bases de dados do Scielo e Pubmed, com recorte temporal de 2011 a 2018. Foram selecionados artigos com os seguintes descritores alfa-tocoferol, leite materno e fórmulas infantis. Resultados: Os estudos indicam que há uma tendência de decréscimo do conteúdo de alfa-tocoferol secretado no leite de transição e maduro, em relação ao colostro. Essas mudanças podem estar relacionadas com o aumento dos glóbulos de gordura à medida que o leite amadurece. Além disso, a concentração de alfa-tocoferol fornecido por uma das formulas infantis oferta apenas 68 % da recomendação preconizada para a faixa etária e valores acima de 4mg/dia nas demais fórmulas. A Ingestão Dietética de Referência de vitamina E para crianças de 0 a 6 meses de idade, é de 4 mg/dia, tanto para o leite materno, quanto para as fórmulas, no entanto, esse produto é expostos a fatores como o período e a temperatura de armazenamento, umidade e reconstituição adequada, sendo assim, é esperado que esses alimentos possuam conteúdo de alfa-tocoferol superior ao requerimento diário do recém-nascido compatível com as possíveis perdas no intuito de diminuir a probabilidade de comprometimento no aporte de alfa-tocoferol. A introdução precoce de fórmulas infantis pode acarretar o aumento da morbimortalidade infantil devido à menor ingestão dos fatores de proteção existentes no leite materno. Conclusão: Este trabalho demonstrou que a fase de lactação é um fator determinante para o conteúdo de alfa-tocoferol no leite. Porém, independente da fase de lactação, autores afirmam que o alfa-tocoferol presente no leite materno é mais biodisponível que a ofertada nas fórmulas infantis. Sendo assim, o leite colostro é capaz de fornecer uma quantidade superior dessa vitamina quando comparado às fórmulas infantis e ao leite de transição e maduro. Podendo garantir, assim, o suporte nutricional adequado e promover a formação de reservas da vitamina ao recém-nascido.
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Fabio Bruno Neves
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